segunda-feira, 13 de julho de 2009

Seleção Brasileira de 2009

Com a profissionalização já vigorada, a popularização do esporte em andamento, o principal objetivo da CBD passou a ser ganhar uma Copa do Mundo e conseguir organizar um campeonato nacional de clubes. Com a Europa destruída pelas guerras, o Brasil se ofereceu para organizar o torneio com quatro anos de antecedência, em 1946, e a FIFA rapidamente aceitou a proposta, pois estava com medo do torneio ter sua continuação colocada em cheque.
O futebol virara paixão nacional e uma forma de unir a população, já que todas as camadas sociais assistiam aos jogos decisivos dos campeonatos estaduais que, aquela altura, já eram 17. A Copa de 1950 mobilizou o país, que viu perplexo a construção do estádio do Maracanã, o maior do mundo, em apenas três anos.
Porém, o sonho do primeiro título mundial ruiu na derrota na final para o Uruguai, por 2x1, para mais de 200.000 pessoas no Maracanã. O povo brasileiro teria de esperar mais para finalmente conquistar o título mundial.
Entre 1950 e 1954, o principal campeonato disputado no país foi o campeonato nacional de seleções estaduais, que ocorria a cada dois anos, organizado pela Confederação Brasileira de Desportos. O Rio de Janeiro, que tinha obtido quatro títulos nos anos 1940, perdeu a hegemonia para São Paulo, que foi campeão em 1950 e 1952, para ser a baseda seleção para Copa de 1954, em que o objetivo era esquecer o que aconteceu em 1950.
Até o uniforme foi mudado para a disputa de 1954. A famosa camisa amarela fez a sua estréia em Copas, substituindo a branca, considerada um dos fatores de "azar" na derrota para o Uruguai, em 1950. E o Brasil esqueceu tudo da Copa 1950, inclusive o futebol, partindo para a briga após a derrota para os húngaros por 4 a 2 nas quartas-de-final.
A esta altura, todos os estados do Brasil da época - Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal(na época Rio de Janeiro) Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo- tinham seus campeonatos estaduais e, com exceção a Amazonas e Sergipe, todos tinham Federações vinculadas a CBD. Tudo estava desenhado para a formação do primeiro campeonato nacional de clubes, mas faltava um “empurrãozinho”, algo que mudasse de vez o futebol nacional.
E o “empurrãozinho” veio na Copa de 1958, quando o Brasil se sagrou pela primeira vez campeão mundial,o que foi considerado por muitos na época o início de uma época de prosperidade não só no esporte como no Brasil inteiro, na chamada “Época Bossa Nova”. No ano seguinte, a CBD criou a taça Brasil, campeonato que reuniu em sua primeira edição 16 times e teve o Bahia como campeão, vencendo na final o Santos de Pelé.
O torneio foi realizado anualmente até 1968, com o Santos sendo o maior campeão, com cinco conquistas, seguido do Palmeiras, com duas, e Bahia, Botafogo e Cruzeiro com uma. Em 1969 e 1970, o torneio Roberto Gomes Pedrosa foi a principal competição nacional, com o Palmeiras e Fluminense terminando com o título.
João Havelange, presidente da CBD, e Paulo Machado de Carvalho, chefe da delegação brasileira nas Copas de 1958 e 62, se desentenderam em função de uma divergência nos patrocínios que cada um queria levar para o evento. Com isso, Havelange saiu fortalecido, já que sua entidade que organizara a delegação para 1966, e o próprio presidente foi o chefe da delegação, forçando o técnico Vicente Feola, o mesmo de 58, a convocar astros de outras Copas que já não estavam tão bem, como Bellini, Zito, Garrincha e Milton Santos. Puro marketing de Havelange, que queriam ver o maior número de recordistas de títulos possíveis. O resultado foram derrotas e eliminação precoce.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Escudo dos times do Brasil.


História do Futebol no Brasil. Nascido no bairro paulistano do Brás, Charles Miller viajou para Inglaterra aos nove anos de idade para estudar. Lá tomou contato com o futebol e, ao retornar ao Brasil em 1894, trouxe na bagagem a primeira bola de futebol e um conjunto de regras. Podemos considerar Charles Miller como sendo o precursor do futebol no Brasil.O primeiro jogo de futebol no Brasil foi realizados em 15 de abril de 1895 entre funcionários de empresas inglesas que atuavam em São Paulo. Os funcionários também eram de origem inglesa. Este jogo foi entre FUNCIONÁRIOS DA COMPANHIA DE GÁS X CIA. FERROVIARIA SÃO PAULO RAILWAY.O primeiro time a se formar no Brasil foi o SÃO PAULO ATHLETIC, fundado em 13 de maio de 1888.No início, o futebol era praticado apenas por pessoas da elite, sendo vedada a participação de negros em times de futebol.Em 1950, a Copa do Mundo foi realizada no Brasil, sendo que a seleção brasileira perdeu o título, em pleno Maracanã, para a seleção Uruguaia (Uruguai 2 x Brasil 1). Em 2014, a Copa do Mundo de Futebol será realizada novamente no Brasil.
Você sabia?
- Comemora-se em 19 de julho o Dia do Futebol. O futebol é um dos esportes mais populares no mundo. Praticado em centenas de países, este esporte desperta tanto interesse em função de sua forma de disputa atraente.
Origem do futebol
Embora não se tenha muita certeza sobre os primórdios do futebol, historiadores descobriram vestígios dos jogos de bola em várias culturas antigas. Estes jogos de bola ainda não eram o futebol, pois não havia a definição de regras como há hoje, porém demonstram o interesse do homem por este tipo de esporte desde os tempos antigos.
O futebol tornou-se tão popular graças a seu jeito simples de jogar. Basta uma bola, equipes de jogadores e as traves, para que, em qualquer espaço, crianças e adultos possam se divertir com o futebol. Na rua, na escola, no clube, no campinho do bairro ou até mesmo no quintal de casa, desde cedo jovens de vários cantos do mundo começam a praticar o futebol.
O inglês Charles Miller : pai do futebol no Brasil
História do Futebol : origens
Origens do futebol na China AntigaNa China Antiga, por volta de 3000 a.C, os militares chineses praticavam um jogo que na verdade era um treino militar. Após as guerras, formavam equipes para chutar a cabeça dos soldados inimigos. Com o tempo, as cabeças dos inimigos foram sendo substituídas por bolas de couro revestidas com cabelo. Formavam-se duas equipes com oito jogadores e o objetivo era passar a bola de pé em pé sem deixar cair no chão, levando-a para dentro de duas estacas fincadas no campo. Estas estacas eram ligadas por um fio de cera.
Origens do futebol no Japão AntigoNo Japão Antigo, foi criado um esporte muito parecido com o futebol atual, porém se chamava Kemari. Praticado por integrantes da corte do imperador japonês, o kemari acontecia num campo de aproximadamente 200 metros quadrados. A bola era feita de fibras de bambu e entre as regras, o contato físico era proibido entre os 16 jogadores (8 para cada equipe). Historiadores do futebol encontraram relatos que confirmam o acontecimento de jogos entre equipes chinesas e japonesas na antiguidade.
Origens do futebol na Grécia e RomaOs gregos criaram um jogo por volta do século I a.C que se chamava Episkiros. Neste jogo, soldados gregos dividiam-se em duas equipes de nove jogadores cada e jogavam num terreno de formato retangular. Na cidade grega de Esparta, os jogadores, também militares, usavam uma bola feita de bexiga de boi cheia de areia ou terra. O campo onde se realizavam as partidas, em Esparta, eram bem grandes, pois as equipes eram formadas por quinze jogadores.Quando os Romanos dominaram a Grécia, entraram em contato com a cultura grega e acabaram assimilando o Episkiros, porém o jogo tomou uma conotação muito mais violenta.
O futebol na Idade MédiaHá relatos de um esporte muito parecido com o futebol, embora usava-se muito a violência. O Soule ou Harpastum era praticado na Idade média por militares que dividiam-se em duas equipes : atacantes e defensores. Era permitido usar socos, pontapés, rasteiras e outros golpes violentos. Há relatos que mostram a morte de alguns jogadores durante a partida. Cada equipe era formada por 27 jogadores, onde grupos tinham funções diferentes no time: corredores, dianteiros, sacadores e guarda-redes.
Na Itália Medieval apareceu um jogo denominado gioco del calcio. Era praticado em praças e os 27 jogadores de cada equipe deveriam levar a bola até os dois postes que ficavam nos dois cantos extremos da praça. A violência era muito comum, pois os participantes levavam para campo seus problemas causados, principalmente por questões sociais típicas da época medieval. O barulho, a desorganização e a violência eram tão grandes que o rei Eduardo II teve que decretar uma lei proibindo a prática do jogo, condenando a prisão os praticantes. Porém, o jogo não terminou, pois integrantes da nobreza criaram um nova versão dele com regras que não permitiam a violência. Nesta nova versão, cerca de doze juízes deveriam fazer cumprir as regras do jogo.
O futebol chega à InglaterraPesquisadores concluíram que o gioco de calcio saiu da Itália e chegou a Inglaterra por volta do século XVII. Na Inglaterra, o jogo ganhou regras diferentes e foi organizado e sistematizado. O campo deveria medir 120 por 180 metros e nas duas pontas seriam instalados dois arcos retangulares chamados de gol. A bola era de couro e enchida com ar. Com regras claras e objetivas, o futebol começou a ser praticado por estudantes e filhos da nobreza inglesa. Aos poucos foi se popularizando. No ano de 1848, numa conferência em Cambridge, estabeleceu-se um único código de regras para o futebol. No ano de 1871 foi criada a figura do guarda-redes (goleiro) que seria o único que poderia colocar as mãos na bola e deveria ficar próximo ao gol para evitar a entrada da bola. Em 1875, foi estabelecida a regra do tempo de 90 minutos e em 1891 foi estabelecido o pênalti, para punir a falta dentro da área. Somente em 1907 foi estabelecida a regra do impedimento.
O profissionalismo no futebol foi iniciado somente em 1885 e no ano seguinte seria criada, na Inglaterra, a International Board, entidade cujo objetivo principal era estabelecer e mudar as regras do futebol quando necessário. No ano de 1897, uma equipe de futebol inglesa chamada Corinthians fez uma excursão fora da Europa, contribuindo para difundir o futebol em diversas partes do mundo.Em 1888, foi fundada a Football League com o objetivo de organizar torneios e campeonatos internacionais.
No ano de 1904, foi criada a FIFA ( Federação Internacional de Futebol Association ) que organiza até hoje o futebol em todo mundo. É a FIFA que organiza os grandes campeonatos de seleções ( copa do mundo ) de quatro em quatro anos. Em 2006, aconteceu a Copa do Mundo da Alemanha, que teve a Itália como campeã e a França como vice.A FIFA também organiza campeonatos de clubes como, por exemplo, a Copa Libertadores da América, Copa da UEFA, Liga dos Campeões da Europa, Copa Sul-Americana, entre outros.

ESPORTE CLUBE BAHIA


No dia 8/12/1930, dia de Nossa Senhora da Conceição da Praia, os ex-jogadores do Clube Bahiano de Tênis Carlos Koch, Eugênio Walter (Guarany) Fernando Tude e Júlio Almeida; e Waldemar de Azevedo, ex-Associação Atlética da Bahia, num encontro casual no Cabaré do Jokey, em Salvador, discutem a formação de um novo time de futebol.- O grupo está sem poder praticar o esporte que amam porque as agremiações que defendiam resolveram acabar com os departamentos de futebol no corrente ano.- No dia 12/12, mais de 70 pessoas, a maioria ex-atletas da AAB e do Bahiano, reúnem-se para definir os rumos do novo clube. A assembléia é presidida por Otávio Carvalho e secretariada por Fernando Tude e Aroldo Maia.
- Naquela reunião, são definidas as cores da Bahia para o novo clube – uniforme com a camisa branca e o calção azul com uma faixa vermelha na cintura. Otávio Carvalho é nomeado presidente provisoriamente.
1931
- O Esporte Clube Bahia é fundado, sob o slogan "Nascido para vencer", no dia 1º de janeiro de 1931, em reunião realizada na casa nº 57 da Rua Carlos Gomes, em Salvador.
- Grupo de fundadores do Bahia é formado em sua maioria por ex-jogadores da Aab e do Bahiano, sem participação na diretoria dos mesmos, considerados integrantes da "pequena-burgresia" soteropolitana da época. Eram profissionais liberais, funcionários públicos, jornalistas, micro-empresários e estudantes. O que confirma a tese de que o Bahia, desde o princípio, não era um time de grã-finos e tinha sim mais afinidade com as camadas populares.
- Baseado no distintivo do Corinthians Paulista e valorizando a bandeira do estado, distintivo do Bahia é desenvolvido por Raimundo Magalhães.- Estatutos são aprovados e a primeira diretoria oficial é eleita, por aclamação. O médico Waldemar Costa é o primeiro presidente do Bahia.
- Em 16/01 são publicados no Diário Oficial da Bahia os estatutos do Tricolor, que passar a existir legalmente.
- Em 20/02, o Bahia é filiado à Liga Bahiana de Desportos Terrestres, atual Federação Bahiana de Futebol.- Em 22/02, um domingo, Bahia realiza seu primeiro treino, no Campo da AAB, na Quinta da Barra, em Salvador.
- Em 01/03, Tricolor entra em campo pela primeira vez e confirma slogan "nascido para vencer". A vítima foi o Ypiranga, por 2 a 0, com gols de Bayma e Guarany. O goleiro Teixeira Gomes ainda defende um pênalti cobrado pelo ypiranguense Hipólito. Válida pelo Torneio Início do Estadual, a partida tem apenas 20 minutos de duração.
- Coube a Bayma, aos dois minutos da etapa inicial, a honra de marcar o primeiro gol com a camisa do Bahia. Fato interessante é que o jogador é sobrinho de Zuza Ferreira, que trouxe o futebol para o Estado.
- No primeiro jogo, o Bahia joga com a seguinte formação – Teixeira Gomes; Leônidas e Gueguê; Milton, Canoa e Gia; Bayma, Guarany, Gambarrota e Pega-Pinto. O técnico é João Barbosa e o árbitro, Francelino de Castro.
- No mesmo dia 01/03, o Bahia conquista do primeiro título de sua história, o Torneio Início do Baianão de 1931. A taça vem com uma goleada no segundo jogo do dia, contra o Royal, por 3 a 0. Gols de Guarany (2) e Pega-Pnto.
- Em 22/03, Bahia estréia no Estadual. Com gols de Bayma Guarani e Rubem.
- Em abril, Tricolor faz seu primeiro jogo internacional, mas perde para o Sud América, do Uruguai.
- Em 11/10, o Bahia faz seu primeiro jogo intermunicipal, contra o Vitória de Ilhéus e vence por 5 a 4.
- Em 24/10, no primeiro jogo fora do estado, o Tricolor bate o Sergipe por 2 a 0. Um dia depois, 5 a 0 no Guarany/SE. Os dois jogos são em Aracaju.
- Em 25/10, mesmo longe de Salvador e sem precisar entrar em campo, o Bahia conquista o primeiro título de Campeão Baiano. A taça vem com a derrota do Botafogo para o Ypiranga, por 2 a 0, que impossibilita o"fogão" de ultrapassar o Tricolor. Clube comemora o título com duas rodadas de antecedência para o fim do Estadual.
- Delegação faz a festa em Aracaju mesmo e é acompanhada pela população da cidade, que varou a madrugada contagiada pela alegria tricolor.
- Em 15/11, Bahia entra em campo contra o Ypiranga. Com o título garantido, a motivação é não perder no Campo da Graça para sagrar-se Campeão Invicto. Tricolor consegue empate em 2 a 2 aos 33 minutos, como gol de Milton Bahia e mantém invencibilidade.

ESPORTE CLUBE GALÍCIA



História do Galícia Esporte Clube
O Galícia foi fundado em 1 de janeiro de 1933 por imigrantes espanhóis provenientes da Galícia. Seu primeiro presidente e um dos fundadores foi Eduardo Castro Iglesias.
O clube foi o primeiro tricampeão do Campeonato Baiano de Futebol e praticamente dominou o panorama futebolístico da Bahia durante seus dez primeiros anos de fundação, tendo sido campeão nos anos de 1937, 1941, 1942 e 1943 e vice-campeão em 1935, 1936, 1938, 1939 e 1940. Depois desse período áureo, voltou a ser campeão baiano somente em 1968, obtendo ainda quatro vice-campeonatos em 1967, 1980, 1982 e 1995.
Seu melhor desempenho regional foi o vice-campeonato da Zona Nordeste do Torneio Norte-Nordeste de 1969. Nacionalmente, participou do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão em 1981 e 1983, além de disputar a Terceira Divisão entre 1995 e 1997.
Rebaixado para a Segunda Divisão do Campeonato Baiano em 1999, e após tentar, sem sucesso, retornar à Primeira Divisão nas duas temporadas seguintes, o clube licenciou-se da competição profissional em 2002 e passou a disputar o Campeonato Baiano somente nas categorias inferiores.
Em 2006, um importante acontecimento teve lugar na história do Galícia: a criação, por um grupo de torcedores, da ATAG - Associação Torcedores e Amigos do Galícia, com o objetivo de assessorar e estimular o clube nas questões patrimonial, administrativa e social.
Naquele mesmo ano, o clube voltou a participar do Campeonato Baiano profissional, após quatro temporadas licenciado. No retorno, terminou apenas em terceiro lugar, insuficiente para conseguir o acesso. Em 2007, repetiu a tentativa, conseguindo desta vez o vice-campeonato. Porém, como apenas o campeão era promovido, continuou na Segunda Divisão, da qual participará novamente em 2008.
(Texto extraído da wikipedia - na realidad, a quase totalidade desse texto foi escrito originalmente por mim mesmo quando criei o artigo da Galícia na Wikipedia, em 29 de março de 2004. Nesses quatro anos, a seção do artigo que fala sobre a história do clube sofreu bem poucas modificações.)

SPORT CLUBE DO RECIFE


Sport Club do Recife
O nome “Sport” escrito assim, sem as duas letras “e” no começo e no final, tem a sua razão de ser. A idéia de montar um clube em Recife dedicado ao futebol nasceu quando Guilherme de Aquino Fonseca voltou de uma temporada de estudos na Inglaterra – onde se apaixonou pelo esporte (ou “sport”?). Em 13 de maio de 1905, foi fundado o Sport Club do Recife. No mês seguinte, o time participou da primeira partida realizada em Pernambuco, contra o English Eleven.
Demorou dez anos até que o futebol tivesse se estabelecido no Estado com força suficiente para que fosse organizado um Campeonato Pernambucano. O Sport não participou da primeira edição, em 1915, mas quando entrou em cena, no ano seguinte, foi para não deixar dúvidas com relação às suas intenções: derrotando nas duas ocasiões o Santa Cruz, a equipe foi bicampeã em 16/17. Em 1919, já como sinônimo do que o futebol pernambucano tinha de mais forte, o Sport viajou a Belém para enfrentar um combinado Remo-Paysandu. A vitória do Sport por 3 x 2 deixou os torcedores locais furiosos, e o troféu que estava em jogo – o “Leão do Norte” – teve a cauda quebrada. O leão está até hoje na sala de troféus do clube, e foi o sucesso desse episódio que inspirou o escudo do Sport, criado nessa época.
Somando apenas três derrotas ao longo das três temporadas, o Sport consolidou seu domínio do futebol pernambucano no começo da década de 20 ao conquistar o tricampeonato 23/24/25, com o time que tinha Péricles, Ary e Aluízio na linha de frente. Outro título veio em 1928, e a partir daí foi momento de se ter paciência dentro de campo enquanto o clube construía seu patrimônio fora dele. Em 35, foi comprado o terreno onde seria erguida a sede do clube. Dois anos depois, em 4 de julho de 1937, o Sport inaugurou o estádio da Ilha do Retiro, num amistoso contra o Santa Cruz. O rubro-negro venceu por 6 x 5, graças ao gol vencedor de Haroldo Praça. Bastou a construção ser concluída que os dias de sucesso retornaram.
O primeiro tabu da história do clube terminou em 38, e no começo da década de 40 o domínio voltou com força: entre 41 e 43, o Sport ganhou mais um tricampeonato. Nessa equipe, já figurava uma das mais famosas crias da divisão de base do clube, o atacante Ademir de Menezes, o “Queixada”. O sucesso da equipe dentro de Pernambuco era tanto que o rubro-negro se arriscou a fazer uma excursão pelo “Sul” – na verdade, o Rio de Janeiro. Para muitos, era uma loucura uma equipe do Nordeste se atrever àquilo, mas a participação do Sport foi louvável e chamou a atenção de muita gente. Em especial do Vasco da Gama, que naquela ocasião apostou em Ademir e acabou contratando um dos maiores jogadores de sua história.
Dadá MaravilhaO Leão ia fazendo sua história gloriosa dentro do Estado e revelando para o Brasil grandes nomes do futebol. Depois de Ademir, outro artilheiro – e que também viria a ser o goleador máximo de uma Copa do Mundo – fez seu nome no Sport antes de partir para o Sul (coincidentemente, também para o Vasco). Vavá comandou o ataque rubro-negro entre 49 e 50, no momento em que se formava a geração que acumularia títulos nos anos seguintes: com Traçaia, Naninho, Pacoty, Djalma, Manga e Oswaldo, o clube somou conquistas e fez sua primeira excursão à Europa, em 57. A boa fase sobreviveu até o bicampeonato 61/62, quando teve início um período que não podia ser mais incômodo. Um hexacampeonato do rival Náutico, seguido por um pentacampeonato do outro rival, o Santa Cruz. Só depois de mais um título do Náutico – após um período de 12 anos de espera -, os rubro-negros voltaram a comemorar um título estadual, em 75, no primeiro dos dois anos em que Dario, o Dadá Maravilha, foi o artilheiro do torneio. Foi em 75 também que o Sport fez uma de suas primeiras boas campanhas no Campeonato Brasileiro, ao terminar em 11º. Em 78, o time entrou pela primeira vez entre os dez primeiros.
Os anos 80 começaram com absoluto sucesso: tricampeonato pernambucano entre 80 e 82, com Marião, Vílson, Merica e o meia Givanildo; quatro anos seguidos entre os dez melhores do Brasileirão (entre 81 e 85) e a primeira reforma da Ilha do Retiro, em 1980. Mas a maior glória daqueles anos ainda estava por vir. Ou, no mínimo, a mais controversa. Uma série de artimanhas jurídicas e decisões políticas levou o Campeonato Brasileiro de 1987 a ser dividido em dois “módulos”: o verde, organizado pelo Clube dos 13, e o amarelo, organizado pela CBF. Só que a confusão não terminava aí: a CBF insistiu que os dois melhores de cada um dos módulos se enfrentassem para decidir o campeão brasileiro. O Flamengo, que já tinha derrotado os maiores clubes do País em seu “módulo”, não quis saber de jogar e se considerou campeão. A CBF, com o respaldo da FIFA, discordou: e então Guarani e Sport, que haviam dividido o título do módulo amarelo, passaram ao quadrangular final (que só tinha dois times). Após um empate em 1 x 1 em Campinas, a vitória por 1 x 0 do Sport sobre se tornou a final do Brasileiro, e o time de Jair Picerni - que tinha Ribamar, Robertinho, Macaé e Nando – foi oficializado como campeão brasileiro daquele ano. Como conseqüência, disputou pela primeira vez a Libertadores da América no ano seguinte, quando acabou eliminado na primeira fase de um grupo que ainda tinha o Guarani e duas equipes peruanas, Alianza Lima e Universitario.

GOIÁIS ESPORTE CLUBE


Goiás Esporte Clube
Reza a lenda, com a liberdade poética a que toda boa lenda tem direito, que em meados de 1943 os irmãos Lino e Carlos Barsi foram educadamente expulsos de casa por sua mãe. Afinal, eram os dois e mais 10 amigos discutindo acaloradamente sobre um tal clube que ainda nem existia. Ainda não existia.
Devidamente enxotados, na rua, sob a luz de um poste, o grupo tomou de vez a decisão e, em 6 de abril daquele ano, nasceu o Goiás Esporte Clube. Nasceu pequeno e amador – tão amador que, para jogar a primeira partida de sua história, contra o Atlético Goianiense, utilizou camisas (verdes com listas horizontais brancas) doadas pelo América-MG. Só que os mineiros só puderam dar nove camisas e foi preciso completar com duas inteiras brancas.
Por longos 20 e tantos anos, o clube que nasceu pequeno assim permaneceu. Durante as décadas de 50 e 60, o Goiás foi chamado jocosamente pelos rivais de “Clube dos 33” – brincadeira de que era esse o número de torcedores que o clube tinha. Nas partidas, para cada camisa verde que entrava no estádio, a torcida rival entoava “Trinta e dois, trinta e dois!”, como se só faltasse mais um para completar o arsenal completo. Pior do que a fama de impopular era de perdedor: foram anos duros, em que o único brilho vinha de Tão Segurado, o atacante que vestiu a camisa esmeraldina entre 1954 e 61 e foi o primeiro jogador do time a ser artilheiro do Campeonato Goiano, em 56.
O primeiro argumento claro e indiscutível para acabar com aquela fama – um título – veio em 1966. Comandado pelo zagueiro Macalé, os torcedores do Goiás finalmente podiam rebater qualquer picuinha com uma frase simples: “sou campeão goiano”. E era bom ir se acostumando, porque dali a pouco passou a ser rotina ano sim, outro também.
Os anos 70 foram da consolidação definitiva da equipe como a maior do Estado e da região Centro-Oeste: os esmeraldinos conquistaram 4 títulos estaduais e participaram, em 73, de seu primeiro Campeonato Brasileiro. A 13ª colocação foi aceitável, mas destacada mesmo foi uma partida específica, uma das maiores da história do clube: no Pacaembu, diante do Santos, o Goiás perdia por 4 x 1 e a vitória já parecia coisa assegurada, tanto que Pelé foi substituído. Nos últimos 15 minutos, Lucinho, Matinha e principalmente Paghetti – que marcou três gols – brilharam e arrancaram um glorioso empate por 4 x 4. Quando os santistas desceram para o vestiário com cabeça baixa, Pelé, já de banho tomado, achou que era brincadeira.

FIGUEIRENSE FUTEBOL CLUBE


Figueirense Futebol Clube
Uma barbearia, local dos mais simpáticos e com vocação para ponto de partida de grandes histórias (vide “O Homem Que Não Estava Lá”), foi a sala de reunião para o encontro, em 1921, que decidiu as bases da criação do Figueirense Foot Ball Club - o representante do bairro da Figueira no incipiente cenário do futebol de Florianópolis. Apenas três anos depois, já nascia também a rivalidade com o Avaí: em 24, o alvinegro venceu sua primeira competição estadual – o Torneio Início – com vitória por 1 x 0, com gol de Kowalski, sobre aquele que se tornaria seu maior adversário.
A década de 30 foi o momento de o Figueira definitivamente se colocar no grupo dos melhores times de Santa Catarina. O inédito título estadual conquistado em 32 abriu a porteira: na seqüência dele vieram mais quatro títulos naquela década: o tricampeonato 35-37 e o título de 39. Durante todo esse período, houve um sobrenome que foi praticamente sinônimo do clube. A começar pelo maior ídolo daquela geração, Calico, ou Carlos Moritz – até hoje o jogador que mais vezes vestiu a camisa preta-e-branca. Na decisão do catarinense de 39, uma vitória por 5 x 3 sobre o Ferroviário, Calico foi acompanhado em campo por seus três irmãos: Décio, Nery e Sidney. E, para completar, dois dos presidentes do Figueira naquela década também eram da família: Roberto Moritz e Charles Edgar Moritz.
Tal como havia acontecido em 32, no ano de 41 o Figueirense voltou a conquistar tudo o que podia dentro do Estado: Torneio Início, Campeonato Citadino e o Catarinense. A torcida aproveitou o tempo de glórias dentro do campo e se preparou para um longo período em que a maior preocupação tinha a ver mais com patrimônio e construção civil do que propriamente com futebol. Em 1945, o empresário e então presidente do clube Orlando Scarpelli doou oficialmente ao Figueirense o terreno para a construção de um estádio próprio. No mês de setembro de 48, começaram as obras. Uma ótima notícia, mas que significaria uma longa e tenebrosa espera por dias de glória dentro do campo.
Dizer que, enquanto construía seu estádio, o Figueirense não ganhou nada não é verdade. Mas é fato que os troféus nunca foram além dos Torneios Início e Citadinos. Apesar das campanhas discretas, no estadual de 51 o clube deixou seu nome na história mais uma vez, na partida de inauguração do sistema de iluminação do estádio Adolfo Konder – onde eram disputados os principais jogos do Estado. Com gol de Bráulio, a equipe derrotou o Avaí (e quem mais poderia ser?). Só que todo mundo sabia que, enquanto o estádio não estivesse prontinho, seria difícil brigar por glórias que não fossem assim efêmeras. A primeira inauguração do Orlando Scarpelli foi em 12 de junho de 60, com Figueirense 1 x 1 Clube Atlético Catarinense. Ainda não era tudo o que o clube queria: as obras para expandir e melhorar o estádio seguiram à toda até o início dos anos 70, quando finalmente o alvinegro pôde bater no peito e dizer que tinha uma bela de uma casa própria. Durante mais de 30 anos – entre 41 e 72 -, o clube ficou sem títulos estaduais, mas a causa foi boa. Um jogo festivo contra o Vitória (BA) inaugurou a versão renovada do Scarpelli em agosto de 73, e então já era hora de voltar a levantar troféus.
A quebra do tabu em 72 veio seguida de mais um título, em 74. O Figueira foi também o primeiro time de Santa Catarina a disputar o Campeonato Brasileiro, em 73. E dois anos depois conseguiu uma colocação razoável (21º entre os 42 clubes), graças a bons valores como Toninho Quintino – eleito a revelação daquele Brasileirão. Veio, então, outra fase penosa. Os anos 80 foram quase perdidos para o Figueirense. Apesar de ter começado com dois vice-campeonatos – 82 e 83, com Albeneir como maior estrela – e de seguir com um boa participação na Taça de Prata de 85 (quando chegou ao triangular final), aquela década ainda reservava dificuldades impensadas. O clube chegou a cair para a segunda divisão de Santa Catarina em 87. A principal razão de orgulho passaram a ser as categorias de base, de onde saíram nomes como Valdo, Gersinho, Sérgio Gil, Alaércio, Daniel Frasson e Agnaldo.
Um passo importante até chegar à condição atual veio na década de 90, quando o Figueira conquista a primeira competição sul-americana sediada em Santa Catarina: o Torneio Mercosul de 95 . Diante das oportunidades que começam a se apresentar, entre 97 e 98 surgiu uma proposta de um novo sistema de administração do clube, o Conselho de Gestão.
Cléber e Edmundo brilharam no FigueiraMais organizado e bem-administrado, o Figueira monta uma boa equipe com o retorno de Daniel Frasson, além do meia Júlio César e do atacante Genílson – principal responsável pelo título do Catarinense de 99, do qual foi artilheiro com 26 gols. Logo depois daquela conquista, o Figueirense tomaria ainda mais o formato de clube grande ao inaugurar, em junho de 2000, o seu Centro de Treinamento.
Com tudo isso, porém, o alvinegro ainda era equipe da segunda divisão do Brasil. Por pouco tempo: o vice-campeonato da série B de 2001, conquistado com Jeovânio, William, Fernandes e Gílson Batata, deu a vaga na elite que o clube segura firme até hoje. A boa fama aumentou quando, em 2002, a revista Placar deu ao Orlando Scarpelli o título simbólico de “Caldeirão do Brasil”, como estádio da série A com maior ocupação – 49%. A partir daí, a chegada de grandes nomes, os títulos estaduais e as boas campanhas nos torneios nacionais passaram a ser praxe: já com Edson Bastos como dono da camisa 1, o Figueira conquistou o tricampeonato catarinense entre 2002 e 2004 . Nessa época, vieram três ex-astros do Palmeiras e da Seleção: o zagueiro Cléber, em 2003, e os atacantes Evair (2004) e Edmundo (2005) – até hoje maior contratação da história do clube.
Aos olhos do resto do Brasil, o Figueirense já passara a ser sinônimo do que há de melhor no futebol de Santa Catarina. Em 2006, foi a vez de o Estado não ter dúvida: com uma vitória por 3 x 0 sobre o Joinville, o clube chegou a seu 14º título catarinense e se tornou o maior vencedor do torneio. Na mesma temporada, o grande desempenho de gente como o zagueiro Chicão e principalmente do ataque formado por Schwenk, Cícero e Soares – que somaram 40 gols – levaram o clube à melhor colocação de sua história no Campeonato Brasileiro, o 7º lugar. A base acabou desmontada, mas mesmo assim o Figueira estava pronto para continuar se destacando, e chegou à final da Copa do Brasil de 2007 – que perdeu para o Fluminense. Com uma divisão de base que chegou a seu primeiro título da Copa São Paulo de Futebol Júnior em 2008, fica fácil apostar: o futuro tem tudo para ser ainda mais brilhante para o clube do bairro da Figueira.