segunda-feira, 13 de julho de 2009

Seleção Brasileira de 2009

Com a profissionalização já vigorada, a popularização do esporte em andamento, o principal objetivo da CBD passou a ser ganhar uma Copa do Mundo e conseguir organizar um campeonato nacional de clubes. Com a Europa destruída pelas guerras, o Brasil se ofereceu para organizar o torneio com quatro anos de antecedência, em 1946, e a FIFA rapidamente aceitou a proposta, pois estava com medo do torneio ter sua continuação colocada em cheque.
O futebol virara paixão nacional e uma forma de unir a população, já que todas as camadas sociais assistiam aos jogos decisivos dos campeonatos estaduais que, aquela altura, já eram 17. A Copa de 1950 mobilizou o país, que viu perplexo a construção do estádio do Maracanã, o maior do mundo, em apenas três anos.
Porém, o sonho do primeiro título mundial ruiu na derrota na final para o Uruguai, por 2x1, para mais de 200.000 pessoas no Maracanã. O povo brasileiro teria de esperar mais para finalmente conquistar o título mundial.
Entre 1950 e 1954, o principal campeonato disputado no país foi o campeonato nacional de seleções estaduais, que ocorria a cada dois anos, organizado pela Confederação Brasileira de Desportos. O Rio de Janeiro, que tinha obtido quatro títulos nos anos 1940, perdeu a hegemonia para São Paulo, que foi campeão em 1950 e 1952, para ser a baseda seleção para Copa de 1954, em que o objetivo era esquecer o que aconteceu em 1950.
Até o uniforme foi mudado para a disputa de 1954. A famosa camisa amarela fez a sua estréia em Copas, substituindo a branca, considerada um dos fatores de "azar" na derrota para o Uruguai, em 1950. E o Brasil esqueceu tudo da Copa 1950, inclusive o futebol, partindo para a briga após a derrota para os húngaros por 4 a 2 nas quartas-de-final.
A esta altura, todos os estados do Brasil da época - Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal(na época Rio de Janeiro) Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo- tinham seus campeonatos estaduais e, com exceção a Amazonas e Sergipe, todos tinham Federações vinculadas a CBD. Tudo estava desenhado para a formação do primeiro campeonato nacional de clubes, mas faltava um “empurrãozinho”, algo que mudasse de vez o futebol nacional.
E o “empurrãozinho” veio na Copa de 1958, quando o Brasil se sagrou pela primeira vez campeão mundial,o que foi considerado por muitos na época o início de uma época de prosperidade não só no esporte como no Brasil inteiro, na chamada “Época Bossa Nova”. No ano seguinte, a CBD criou a taça Brasil, campeonato que reuniu em sua primeira edição 16 times e teve o Bahia como campeão, vencendo na final o Santos de Pelé.
O torneio foi realizado anualmente até 1968, com o Santos sendo o maior campeão, com cinco conquistas, seguido do Palmeiras, com duas, e Bahia, Botafogo e Cruzeiro com uma. Em 1969 e 1970, o torneio Roberto Gomes Pedrosa foi a principal competição nacional, com o Palmeiras e Fluminense terminando com o título.
João Havelange, presidente da CBD, e Paulo Machado de Carvalho, chefe da delegação brasileira nas Copas de 1958 e 62, se desentenderam em função de uma divergência nos patrocínios que cada um queria levar para o evento. Com isso, Havelange saiu fortalecido, já que sua entidade que organizara a delegação para 1966, e o próprio presidente foi o chefe da delegação, forçando o técnico Vicente Feola, o mesmo de 58, a convocar astros de outras Copas que já não estavam tão bem, como Bellini, Zito, Garrincha e Milton Santos. Puro marketing de Havelange, que queriam ver o maior número de recordistas de títulos possíveis. O resultado foram derrotas e eliminação precoce.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Escudo dos times do Brasil.


História do Futebol no Brasil. Nascido no bairro paulistano do Brás, Charles Miller viajou para Inglaterra aos nove anos de idade para estudar. Lá tomou contato com o futebol e, ao retornar ao Brasil em 1894, trouxe na bagagem a primeira bola de futebol e um conjunto de regras. Podemos considerar Charles Miller como sendo o precursor do futebol no Brasil.O primeiro jogo de futebol no Brasil foi realizados em 15 de abril de 1895 entre funcionários de empresas inglesas que atuavam em São Paulo. Os funcionários também eram de origem inglesa. Este jogo foi entre FUNCIONÁRIOS DA COMPANHIA DE GÁS X CIA. FERROVIARIA SÃO PAULO RAILWAY.O primeiro time a se formar no Brasil foi o SÃO PAULO ATHLETIC, fundado em 13 de maio de 1888.No início, o futebol era praticado apenas por pessoas da elite, sendo vedada a participação de negros em times de futebol.Em 1950, a Copa do Mundo foi realizada no Brasil, sendo que a seleção brasileira perdeu o título, em pleno Maracanã, para a seleção Uruguaia (Uruguai 2 x Brasil 1). Em 2014, a Copa do Mundo de Futebol será realizada novamente no Brasil.
Você sabia?
- Comemora-se em 19 de julho o Dia do Futebol. O futebol é um dos esportes mais populares no mundo. Praticado em centenas de países, este esporte desperta tanto interesse em função de sua forma de disputa atraente.
Origem do futebol
Embora não se tenha muita certeza sobre os primórdios do futebol, historiadores descobriram vestígios dos jogos de bola em várias culturas antigas. Estes jogos de bola ainda não eram o futebol, pois não havia a definição de regras como há hoje, porém demonstram o interesse do homem por este tipo de esporte desde os tempos antigos.
O futebol tornou-se tão popular graças a seu jeito simples de jogar. Basta uma bola, equipes de jogadores e as traves, para que, em qualquer espaço, crianças e adultos possam se divertir com o futebol. Na rua, na escola, no clube, no campinho do bairro ou até mesmo no quintal de casa, desde cedo jovens de vários cantos do mundo começam a praticar o futebol.
O inglês Charles Miller : pai do futebol no Brasil
História do Futebol : origens
Origens do futebol na China AntigaNa China Antiga, por volta de 3000 a.C, os militares chineses praticavam um jogo que na verdade era um treino militar. Após as guerras, formavam equipes para chutar a cabeça dos soldados inimigos. Com o tempo, as cabeças dos inimigos foram sendo substituídas por bolas de couro revestidas com cabelo. Formavam-se duas equipes com oito jogadores e o objetivo era passar a bola de pé em pé sem deixar cair no chão, levando-a para dentro de duas estacas fincadas no campo. Estas estacas eram ligadas por um fio de cera.
Origens do futebol no Japão AntigoNo Japão Antigo, foi criado um esporte muito parecido com o futebol atual, porém se chamava Kemari. Praticado por integrantes da corte do imperador japonês, o kemari acontecia num campo de aproximadamente 200 metros quadrados. A bola era feita de fibras de bambu e entre as regras, o contato físico era proibido entre os 16 jogadores (8 para cada equipe). Historiadores do futebol encontraram relatos que confirmam o acontecimento de jogos entre equipes chinesas e japonesas na antiguidade.
Origens do futebol na Grécia e RomaOs gregos criaram um jogo por volta do século I a.C que se chamava Episkiros. Neste jogo, soldados gregos dividiam-se em duas equipes de nove jogadores cada e jogavam num terreno de formato retangular. Na cidade grega de Esparta, os jogadores, também militares, usavam uma bola feita de bexiga de boi cheia de areia ou terra. O campo onde se realizavam as partidas, em Esparta, eram bem grandes, pois as equipes eram formadas por quinze jogadores.Quando os Romanos dominaram a Grécia, entraram em contato com a cultura grega e acabaram assimilando o Episkiros, porém o jogo tomou uma conotação muito mais violenta.
O futebol na Idade MédiaHá relatos de um esporte muito parecido com o futebol, embora usava-se muito a violência. O Soule ou Harpastum era praticado na Idade média por militares que dividiam-se em duas equipes : atacantes e defensores. Era permitido usar socos, pontapés, rasteiras e outros golpes violentos. Há relatos que mostram a morte de alguns jogadores durante a partida. Cada equipe era formada por 27 jogadores, onde grupos tinham funções diferentes no time: corredores, dianteiros, sacadores e guarda-redes.
Na Itália Medieval apareceu um jogo denominado gioco del calcio. Era praticado em praças e os 27 jogadores de cada equipe deveriam levar a bola até os dois postes que ficavam nos dois cantos extremos da praça. A violência era muito comum, pois os participantes levavam para campo seus problemas causados, principalmente por questões sociais típicas da época medieval. O barulho, a desorganização e a violência eram tão grandes que o rei Eduardo II teve que decretar uma lei proibindo a prática do jogo, condenando a prisão os praticantes. Porém, o jogo não terminou, pois integrantes da nobreza criaram um nova versão dele com regras que não permitiam a violência. Nesta nova versão, cerca de doze juízes deveriam fazer cumprir as regras do jogo.
O futebol chega à InglaterraPesquisadores concluíram que o gioco de calcio saiu da Itália e chegou a Inglaterra por volta do século XVII. Na Inglaterra, o jogo ganhou regras diferentes e foi organizado e sistematizado. O campo deveria medir 120 por 180 metros e nas duas pontas seriam instalados dois arcos retangulares chamados de gol. A bola era de couro e enchida com ar. Com regras claras e objetivas, o futebol começou a ser praticado por estudantes e filhos da nobreza inglesa. Aos poucos foi se popularizando. No ano de 1848, numa conferência em Cambridge, estabeleceu-se um único código de regras para o futebol. No ano de 1871 foi criada a figura do guarda-redes (goleiro) que seria o único que poderia colocar as mãos na bola e deveria ficar próximo ao gol para evitar a entrada da bola. Em 1875, foi estabelecida a regra do tempo de 90 minutos e em 1891 foi estabelecido o pênalti, para punir a falta dentro da área. Somente em 1907 foi estabelecida a regra do impedimento.
O profissionalismo no futebol foi iniciado somente em 1885 e no ano seguinte seria criada, na Inglaterra, a International Board, entidade cujo objetivo principal era estabelecer e mudar as regras do futebol quando necessário. No ano de 1897, uma equipe de futebol inglesa chamada Corinthians fez uma excursão fora da Europa, contribuindo para difundir o futebol em diversas partes do mundo.Em 1888, foi fundada a Football League com o objetivo de organizar torneios e campeonatos internacionais.
No ano de 1904, foi criada a FIFA ( Federação Internacional de Futebol Association ) que organiza até hoje o futebol em todo mundo. É a FIFA que organiza os grandes campeonatos de seleções ( copa do mundo ) de quatro em quatro anos. Em 2006, aconteceu a Copa do Mundo da Alemanha, que teve a Itália como campeã e a França como vice.A FIFA também organiza campeonatos de clubes como, por exemplo, a Copa Libertadores da América, Copa da UEFA, Liga dos Campeões da Europa, Copa Sul-Americana, entre outros.

ESPORTE CLUBE BAHIA


No dia 8/12/1930, dia de Nossa Senhora da Conceição da Praia, os ex-jogadores do Clube Bahiano de Tênis Carlos Koch, Eugênio Walter (Guarany) Fernando Tude e Júlio Almeida; e Waldemar de Azevedo, ex-Associação Atlética da Bahia, num encontro casual no Cabaré do Jokey, em Salvador, discutem a formação de um novo time de futebol.- O grupo está sem poder praticar o esporte que amam porque as agremiações que defendiam resolveram acabar com os departamentos de futebol no corrente ano.- No dia 12/12, mais de 70 pessoas, a maioria ex-atletas da AAB e do Bahiano, reúnem-se para definir os rumos do novo clube. A assembléia é presidida por Otávio Carvalho e secretariada por Fernando Tude e Aroldo Maia.
- Naquela reunião, são definidas as cores da Bahia para o novo clube – uniforme com a camisa branca e o calção azul com uma faixa vermelha na cintura. Otávio Carvalho é nomeado presidente provisoriamente.
1931
- O Esporte Clube Bahia é fundado, sob o slogan "Nascido para vencer", no dia 1º de janeiro de 1931, em reunião realizada na casa nº 57 da Rua Carlos Gomes, em Salvador.
- Grupo de fundadores do Bahia é formado em sua maioria por ex-jogadores da Aab e do Bahiano, sem participação na diretoria dos mesmos, considerados integrantes da "pequena-burgresia" soteropolitana da época. Eram profissionais liberais, funcionários públicos, jornalistas, micro-empresários e estudantes. O que confirma a tese de que o Bahia, desde o princípio, não era um time de grã-finos e tinha sim mais afinidade com as camadas populares.
- Baseado no distintivo do Corinthians Paulista e valorizando a bandeira do estado, distintivo do Bahia é desenvolvido por Raimundo Magalhães.- Estatutos são aprovados e a primeira diretoria oficial é eleita, por aclamação. O médico Waldemar Costa é o primeiro presidente do Bahia.
- Em 16/01 são publicados no Diário Oficial da Bahia os estatutos do Tricolor, que passar a existir legalmente.
- Em 20/02, o Bahia é filiado à Liga Bahiana de Desportos Terrestres, atual Federação Bahiana de Futebol.- Em 22/02, um domingo, Bahia realiza seu primeiro treino, no Campo da AAB, na Quinta da Barra, em Salvador.
- Em 01/03, Tricolor entra em campo pela primeira vez e confirma slogan "nascido para vencer". A vítima foi o Ypiranga, por 2 a 0, com gols de Bayma e Guarany. O goleiro Teixeira Gomes ainda defende um pênalti cobrado pelo ypiranguense Hipólito. Válida pelo Torneio Início do Estadual, a partida tem apenas 20 minutos de duração.
- Coube a Bayma, aos dois minutos da etapa inicial, a honra de marcar o primeiro gol com a camisa do Bahia. Fato interessante é que o jogador é sobrinho de Zuza Ferreira, que trouxe o futebol para o Estado.
- No primeiro jogo, o Bahia joga com a seguinte formação – Teixeira Gomes; Leônidas e Gueguê; Milton, Canoa e Gia; Bayma, Guarany, Gambarrota e Pega-Pinto. O técnico é João Barbosa e o árbitro, Francelino de Castro.
- No mesmo dia 01/03, o Bahia conquista do primeiro título de sua história, o Torneio Início do Baianão de 1931. A taça vem com uma goleada no segundo jogo do dia, contra o Royal, por 3 a 0. Gols de Guarany (2) e Pega-Pnto.
- Em 22/03, Bahia estréia no Estadual. Com gols de Bayma Guarani e Rubem.
- Em abril, Tricolor faz seu primeiro jogo internacional, mas perde para o Sud América, do Uruguai.
- Em 11/10, o Bahia faz seu primeiro jogo intermunicipal, contra o Vitória de Ilhéus e vence por 5 a 4.
- Em 24/10, no primeiro jogo fora do estado, o Tricolor bate o Sergipe por 2 a 0. Um dia depois, 5 a 0 no Guarany/SE. Os dois jogos são em Aracaju.
- Em 25/10, mesmo longe de Salvador e sem precisar entrar em campo, o Bahia conquista o primeiro título de Campeão Baiano. A taça vem com a derrota do Botafogo para o Ypiranga, por 2 a 0, que impossibilita o"fogão" de ultrapassar o Tricolor. Clube comemora o título com duas rodadas de antecedência para o fim do Estadual.
- Delegação faz a festa em Aracaju mesmo e é acompanhada pela população da cidade, que varou a madrugada contagiada pela alegria tricolor.
- Em 15/11, Bahia entra em campo contra o Ypiranga. Com o título garantido, a motivação é não perder no Campo da Graça para sagrar-se Campeão Invicto. Tricolor consegue empate em 2 a 2 aos 33 minutos, como gol de Milton Bahia e mantém invencibilidade.

ESPORTE CLUBE GALÍCIA



História do Galícia Esporte Clube
O Galícia foi fundado em 1 de janeiro de 1933 por imigrantes espanhóis provenientes da Galícia. Seu primeiro presidente e um dos fundadores foi Eduardo Castro Iglesias.
O clube foi o primeiro tricampeão do Campeonato Baiano de Futebol e praticamente dominou o panorama futebolístico da Bahia durante seus dez primeiros anos de fundação, tendo sido campeão nos anos de 1937, 1941, 1942 e 1943 e vice-campeão em 1935, 1936, 1938, 1939 e 1940. Depois desse período áureo, voltou a ser campeão baiano somente em 1968, obtendo ainda quatro vice-campeonatos em 1967, 1980, 1982 e 1995.
Seu melhor desempenho regional foi o vice-campeonato da Zona Nordeste do Torneio Norte-Nordeste de 1969. Nacionalmente, participou do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão em 1981 e 1983, além de disputar a Terceira Divisão entre 1995 e 1997.
Rebaixado para a Segunda Divisão do Campeonato Baiano em 1999, e após tentar, sem sucesso, retornar à Primeira Divisão nas duas temporadas seguintes, o clube licenciou-se da competição profissional em 2002 e passou a disputar o Campeonato Baiano somente nas categorias inferiores.
Em 2006, um importante acontecimento teve lugar na história do Galícia: a criação, por um grupo de torcedores, da ATAG - Associação Torcedores e Amigos do Galícia, com o objetivo de assessorar e estimular o clube nas questões patrimonial, administrativa e social.
Naquele mesmo ano, o clube voltou a participar do Campeonato Baiano profissional, após quatro temporadas licenciado. No retorno, terminou apenas em terceiro lugar, insuficiente para conseguir o acesso. Em 2007, repetiu a tentativa, conseguindo desta vez o vice-campeonato. Porém, como apenas o campeão era promovido, continuou na Segunda Divisão, da qual participará novamente em 2008.
(Texto extraído da wikipedia - na realidad, a quase totalidade desse texto foi escrito originalmente por mim mesmo quando criei o artigo da Galícia na Wikipedia, em 29 de março de 2004. Nesses quatro anos, a seção do artigo que fala sobre a história do clube sofreu bem poucas modificações.)

SPORT CLUBE DO RECIFE


Sport Club do Recife
O nome “Sport” escrito assim, sem as duas letras “e” no começo e no final, tem a sua razão de ser. A idéia de montar um clube em Recife dedicado ao futebol nasceu quando Guilherme de Aquino Fonseca voltou de uma temporada de estudos na Inglaterra – onde se apaixonou pelo esporte (ou “sport”?). Em 13 de maio de 1905, foi fundado o Sport Club do Recife. No mês seguinte, o time participou da primeira partida realizada em Pernambuco, contra o English Eleven.
Demorou dez anos até que o futebol tivesse se estabelecido no Estado com força suficiente para que fosse organizado um Campeonato Pernambucano. O Sport não participou da primeira edição, em 1915, mas quando entrou em cena, no ano seguinte, foi para não deixar dúvidas com relação às suas intenções: derrotando nas duas ocasiões o Santa Cruz, a equipe foi bicampeã em 16/17. Em 1919, já como sinônimo do que o futebol pernambucano tinha de mais forte, o Sport viajou a Belém para enfrentar um combinado Remo-Paysandu. A vitória do Sport por 3 x 2 deixou os torcedores locais furiosos, e o troféu que estava em jogo – o “Leão do Norte” – teve a cauda quebrada. O leão está até hoje na sala de troféus do clube, e foi o sucesso desse episódio que inspirou o escudo do Sport, criado nessa época.
Somando apenas três derrotas ao longo das três temporadas, o Sport consolidou seu domínio do futebol pernambucano no começo da década de 20 ao conquistar o tricampeonato 23/24/25, com o time que tinha Péricles, Ary e Aluízio na linha de frente. Outro título veio em 1928, e a partir daí foi momento de se ter paciência dentro de campo enquanto o clube construía seu patrimônio fora dele. Em 35, foi comprado o terreno onde seria erguida a sede do clube. Dois anos depois, em 4 de julho de 1937, o Sport inaugurou o estádio da Ilha do Retiro, num amistoso contra o Santa Cruz. O rubro-negro venceu por 6 x 5, graças ao gol vencedor de Haroldo Praça. Bastou a construção ser concluída que os dias de sucesso retornaram.
O primeiro tabu da história do clube terminou em 38, e no começo da década de 40 o domínio voltou com força: entre 41 e 43, o Sport ganhou mais um tricampeonato. Nessa equipe, já figurava uma das mais famosas crias da divisão de base do clube, o atacante Ademir de Menezes, o “Queixada”. O sucesso da equipe dentro de Pernambuco era tanto que o rubro-negro se arriscou a fazer uma excursão pelo “Sul” – na verdade, o Rio de Janeiro. Para muitos, era uma loucura uma equipe do Nordeste se atrever àquilo, mas a participação do Sport foi louvável e chamou a atenção de muita gente. Em especial do Vasco da Gama, que naquela ocasião apostou em Ademir e acabou contratando um dos maiores jogadores de sua história.
Dadá MaravilhaO Leão ia fazendo sua história gloriosa dentro do Estado e revelando para o Brasil grandes nomes do futebol. Depois de Ademir, outro artilheiro – e que também viria a ser o goleador máximo de uma Copa do Mundo – fez seu nome no Sport antes de partir para o Sul (coincidentemente, também para o Vasco). Vavá comandou o ataque rubro-negro entre 49 e 50, no momento em que se formava a geração que acumularia títulos nos anos seguintes: com Traçaia, Naninho, Pacoty, Djalma, Manga e Oswaldo, o clube somou conquistas e fez sua primeira excursão à Europa, em 57. A boa fase sobreviveu até o bicampeonato 61/62, quando teve início um período que não podia ser mais incômodo. Um hexacampeonato do rival Náutico, seguido por um pentacampeonato do outro rival, o Santa Cruz. Só depois de mais um título do Náutico – após um período de 12 anos de espera -, os rubro-negros voltaram a comemorar um título estadual, em 75, no primeiro dos dois anos em que Dario, o Dadá Maravilha, foi o artilheiro do torneio. Foi em 75 também que o Sport fez uma de suas primeiras boas campanhas no Campeonato Brasileiro, ao terminar em 11º. Em 78, o time entrou pela primeira vez entre os dez primeiros.
Os anos 80 começaram com absoluto sucesso: tricampeonato pernambucano entre 80 e 82, com Marião, Vílson, Merica e o meia Givanildo; quatro anos seguidos entre os dez melhores do Brasileirão (entre 81 e 85) e a primeira reforma da Ilha do Retiro, em 1980. Mas a maior glória daqueles anos ainda estava por vir. Ou, no mínimo, a mais controversa. Uma série de artimanhas jurídicas e decisões políticas levou o Campeonato Brasileiro de 1987 a ser dividido em dois “módulos”: o verde, organizado pelo Clube dos 13, e o amarelo, organizado pela CBF. Só que a confusão não terminava aí: a CBF insistiu que os dois melhores de cada um dos módulos se enfrentassem para decidir o campeão brasileiro. O Flamengo, que já tinha derrotado os maiores clubes do País em seu “módulo”, não quis saber de jogar e se considerou campeão. A CBF, com o respaldo da FIFA, discordou: e então Guarani e Sport, que haviam dividido o título do módulo amarelo, passaram ao quadrangular final (que só tinha dois times). Após um empate em 1 x 1 em Campinas, a vitória por 1 x 0 do Sport sobre se tornou a final do Brasileiro, e o time de Jair Picerni - que tinha Ribamar, Robertinho, Macaé e Nando – foi oficializado como campeão brasileiro daquele ano. Como conseqüência, disputou pela primeira vez a Libertadores da América no ano seguinte, quando acabou eliminado na primeira fase de um grupo que ainda tinha o Guarani e duas equipes peruanas, Alianza Lima e Universitario.

GOIÁIS ESPORTE CLUBE


Goiás Esporte Clube
Reza a lenda, com a liberdade poética a que toda boa lenda tem direito, que em meados de 1943 os irmãos Lino e Carlos Barsi foram educadamente expulsos de casa por sua mãe. Afinal, eram os dois e mais 10 amigos discutindo acaloradamente sobre um tal clube que ainda nem existia. Ainda não existia.
Devidamente enxotados, na rua, sob a luz de um poste, o grupo tomou de vez a decisão e, em 6 de abril daquele ano, nasceu o Goiás Esporte Clube. Nasceu pequeno e amador – tão amador que, para jogar a primeira partida de sua história, contra o Atlético Goianiense, utilizou camisas (verdes com listas horizontais brancas) doadas pelo América-MG. Só que os mineiros só puderam dar nove camisas e foi preciso completar com duas inteiras brancas.
Por longos 20 e tantos anos, o clube que nasceu pequeno assim permaneceu. Durante as décadas de 50 e 60, o Goiás foi chamado jocosamente pelos rivais de “Clube dos 33” – brincadeira de que era esse o número de torcedores que o clube tinha. Nas partidas, para cada camisa verde que entrava no estádio, a torcida rival entoava “Trinta e dois, trinta e dois!”, como se só faltasse mais um para completar o arsenal completo. Pior do que a fama de impopular era de perdedor: foram anos duros, em que o único brilho vinha de Tão Segurado, o atacante que vestiu a camisa esmeraldina entre 1954 e 61 e foi o primeiro jogador do time a ser artilheiro do Campeonato Goiano, em 56.
O primeiro argumento claro e indiscutível para acabar com aquela fama – um título – veio em 1966. Comandado pelo zagueiro Macalé, os torcedores do Goiás finalmente podiam rebater qualquer picuinha com uma frase simples: “sou campeão goiano”. E era bom ir se acostumando, porque dali a pouco passou a ser rotina ano sim, outro também.
Os anos 70 foram da consolidação definitiva da equipe como a maior do Estado e da região Centro-Oeste: os esmeraldinos conquistaram 4 títulos estaduais e participaram, em 73, de seu primeiro Campeonato Brasileiro. A 13ª colocação foi aceitável, mas destacada mesmo foi uma partida específica, uma das maiores da história do clube: no Pacaembu, diante do Santos, o Goiás perdia por 4 x 1 e a vitória já parecia coisa assegurada, tanto que Pelé foi substituído. Nos últimos 15 minutos, Lucinho, Matinha e principalmente Paghetti – que marcou três gols – brilharam e arrancaram um glorioso empate por 4 x 4. Quando os santistas desceram para o vestiário com cabeça baixa, Pelé, já de banho tomado, achou que era brincadeira.

FIGUEIRENSE FUTEBOL CLUBE


Figueirense Futebol Clube
Uma barbearia, local dos mais simpáticos e com vocação para ponto de partida de grandes histórias (vide “O Homem Que Não Estava Lá”), foi a sala de reunião para o encontro, em 1921, que decidiu as bases da criação do Figueirense Foot Ball Club - o representante do bairro da Figueira no incipiente cenário do futebol de Florianópolis. Apenas três anos depois, já nascia também a rivalidade com o Avaí: em 24, o alvinegro venceu sua primeira competição estadual – o Torneio Início – com vitória por 1 x 0, com gol de Kowalski, sobre aquele que se tornaria seu maior adversário.
A década de 30 foi o momento de o Figueira definitivamente se colocar no grupo dos melhores times de Santa Catarina. O inédito título estadual conquistado em 32 abriu a porteira: na seqüência dele vieram mais quatro títulos naquela década: o tricampeonato 35-37 e o título de 39. Durante todo esse período, houve um sobrenome que foi praticamente sinônimo do clube. A começar pelo maior ídolo daquela geração, Calico, ou Carlos Moritz – até hoje o jogador que mais vezes vestiu a camisa preta-e-branca. Na decisão do catarinense de 39, uma vitória por 5 x 3 sobre o Ferroviário, Calico foi acompanhado em campo por seus três irmãos: Décio, Nery e Sidney. E, para completar, dois dos presidentes do Figueira naquela década também eram da família: Roberto Moritz e Charles Edgar Moritz.
Tal como havia acontecido em 32, no ano de 41 o Figueirense voltou a conquistar tudo o que podia dentro do Estado: Torneio Início, Campeonato Citadino e o Catarinense. A torcida aproveitou o tempo de glórias dentro do campo e se preparou para um longo período em que a maior preocupação tinha a ver mais com patrimônio e construção civil do que propriamente com futebol. Em 1945, o empresário e então presidente do clube Orlando Scarpelli doou oficialmente ao Figueirense o terreno para a construção de um estádio próprio. No mês de setembro de 48, começaram as obras. Uma ótima notícia, mas que significaria uma longa e tenebrosa espera por dias de glória dentro do campo.
Dizer que, enquanto construía seu estádio, o Figueirense não ganhou nada não é verdade. Mas é fato que os troféus nunca foram além dos Torneios Início e Citadinos. Apesar das campanhas discretas, no estadual de 51 o clube deixou seu nome na história mais uma vez, na partida de inauguração do sistema de iluminação do estádio Adolfo Konder – onde eram disputados os principais jogos do Estado. Com gol de Bráulio, a equipe derrotou o Avaí (e quem mais poderia ser?). Só que todo mundo sabia que, enquanto o estádio não estivesse prontinho, seria difícil brigar por glórias que não fossem assim efêmeras. A primeira inauguração do Orlando Scarpelli foi em 12 de junho de 60, com Figueirense 1 x 1 Clube Atlético Catarinense. Ainda não era tudo o que o clube queria: as obras para expandir e melhorar o estádio seguiram à toda até o início dos anos 70, quando finalmente o alvinegro pôde bater no peito e dizer que tinha uma bela de uma casa própria. Durante mais de 30 anos – entre 41 e 72 -, o clube ficou sem títulos estaduais, mas a causa foi boa. Um jogo festivo contra o Vitória (BA) inaugurou a versão renovada do Scarpelli em agosto de 73, e então já era hora de voltar a levantar troféus.
A quebra do tabu em 72 veio seguida de mais um título, em 74. O Figueira foi também o primeiro time de Santa Catarina a disputar o Campeonato Brasileiro, em 73. E dois anos depois conseguiu uma colocação razoável (21º entre os 42 clubes), graças a bons valores como Toninho Quintino – eleito a revelação daquele Brasileirão. Veio, então, outra fase penosa. Os anos 80 foram quase perdidos para o Figueirense. Apesar de ter começado com dois vice-campeonatos – 82 e 83, com Albeneir como maior estrela – e de seguir com um boa participação na Taça de Prata de 85 (quando chegou ao triangular final), aquela década ainda reservava dificuldades impensadas. O clube chegou a cair para a segunda divisão de Santa Catarina em 87. A principal razão de orgulho passaram a ser as categorias de base, de onde saíram nomes como Valdo, Gersinho, Sérgio Gil, Alaércio, Daniel Frasson e Agnaldo.
Um passo importante até chegar à condição atual veio na década de 90, quando o Figueira conquista a primeira competição sul-americana sediada em Santa Catarina: o Torneio Mercosul de 95 . Diante das oportunidades que começam a se apresentar, entre 97 e 98 surgiu uma proposta de um novo sistema de administração do clube, o Conselho de Gestão.
Cléber e Edmundo brilharam no FigueiraMais organizado e bem-administrado, o Figueira monta uma boa equipe com o retorno de Daniel Frasson, além do meia Júlio César e do atacante Genílson – principal responsável pelo título do Catarinense de 99, do qual foi artilheiro com 26 gols. Logo depois daquela conquista, o Figueirense tomaria ainda mais o formato de clube grande ao inaugurar, em junho de 2000, o seu Centro de Treinamento.
Com tudo isso, porém, o alvinegro ainda era equipe da segunda divisão do Brasil. Por pouco tempo: o vice-campeonato da série B de 2001, conquistado com Jeovânio, William, Fernandes e Gílson Batata, deu a vaga na elite que o clube segura firme até hoje. A boa fama aumentou quando, em 2002, a revista Placar deu ao Orlando Scarpelli o título simbólico de “Caldeirão do Brasil”, como estádio da série A com maior ocupação – 49%. A partir daí, a chegada de grandes nomes, os títulos estaduais e as boas campanhas nos torneios nacionais passaram a ser praxe: já com Edson Bastos como dono da camisa 1, o Figueira conquistou o tricampeonato catarinense entre 2002 e 2004 . Nessa época, vieram três ex-astros do Palmeiras e da Seleção: o zagueiro Cléber, em 2003, e os atacantes Evair (2004) e Edmundo (2005) – até hoje maior contratação da história do clube.
Aos olhos do resto do Brasil, o Figueirense já passara a ser sinônimo do que há de melhor no futebol de Santa Catarina. Em 2006, foi a vez de o Estado não ter dúvida: com uma vitória por 3 x 0 sobre o Joinville, o clube chegou a seu 14º título catarinense e se tornou o maior vencedor do torneio. Na mesma temporada, o grande desempenho de gente como o zagueiro Chicão e principalmente do ataque formado por Schwenk, Cícero e Soares – que somaram 40 gols – levaram o clube à melhor colocação de sua história no Campeonato Brasileiro, o 7º lugar. A base acabou desmontada, mas mesmo assim o Figueira estava pronto para continuar se destacando, e chegou à final da Copa do Brasil de 2007 – que perdeu para o Fluminense. Com uma divisão de base que chegou a seu primeiro título da Copa São Paulo de Futebol Júnior em 2008, fica fácil apostar: o futuro tem tudo para ser ainda mais brilhante para o clube do bairro da Figueira.

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE DESPORTOS


Associação Portuguesa de Desportos
A comunidade lusitana já era participativa no esporte paulista lá para os idos de 1920, quando foi fundada a “Associação Portuguesa de Esportes”. A agremiação era o resultado de uma enorme fusão entre cinco outros clubes de, digamos, motivos portugueses – Luzíadas Futebol Club, Associação 5 de Outubro, Esporte Club Lusitano, Associação Atlética Marquês de Pombal e Portugal Marinhense. Para suas primeiras participações no torneio estadual, a Portuguesa se uniu ainda à Associação Atlética Mackenzie. Só em 1923 é que uma equipe denominada unicamente Portuguesa entrou para a lista de participantes – e o “esportes” do nome viraria “desportos” bem depois, em 1940.
O clube nasceu de forma amadora, convocando jogadores por meio de anúncio nos classificados do jornal – e prometendo pagar o dinheiro da condução, que na época era o bonde. Mas já em 25 a Portuguesa contava com seu próprio campo, comprado junto à União Artística e Recreativa Cambuci – isso embora a estréia lá dentro não tenha sido animadora: derrota por 5 x 0 para o Germânia. O que ficava claro era que a Lusa crescia rapidamente e levava a sério aquela coisa de ser clube de futebol. Antes mesmo de seu primeiro título, o time já tinha um grande ídolo, o goleiro Batatais, que fez fama tanto por sua qualidade quanto pelo bom-mocismo que o levou ao prêmio Belfort Duarte.
O primeiro título paulista não tardou muito a chegar e, quando veio, foi em dose dupla. Com Fiorotti, Duílio, Barros, Frederico e o artilheiro Carioca, a Portuguesa foi campeã em 35, numa decisão controvertida diante do Ypiranga. A primeira partida estava empatada em 2 x 2, quando os adversários abandonaram o campo, indignados com a arbitragem. Os pontos foram computados para a Lusa, que, na dúvida, venceu a partida seguinte por 5 x 2 e ficou com o troféu. Em 36, outra vez com Carioca como goleador, veio o bicampeonato.
Djalma Santos na LusaA década de 40 não foi exatamente gloriosa, mas serviu para formar a base daquela que, sem dúvida, seria a maior equipe da história do clube. Basta observar a escalação do time que terminou em 5º lugar o Campeonato Paulista de 1948: Djalma Santos na lateral-direita, Brandão e, no ataque, os irmãos Robles. Ou, Pinga I e Pinga II (que é quem se tornaria mais famoso e acabaria sendo famoso simplesmente como Pinga). Pinga foi o artilheiro do Paulista de 50, num time que tinha ainda Noronha - o integrante dos “Três Mosqueteiros” do São Paulo. Com boa parte daquela base mais Brandãozinho, Ipojucan e o monstruoso ponta-direita Julinho Botelho, a Lusa se sagrou bicampeã do Torneio Rio-São Paulo – na época, respeitabilíssimo - derrotando o Vasco da Gama do artilheiro Ademir em 52 e o Palmeiras em 55. No ano seguinte àquele título, a Portuguesa adquiriu o Canindé – que na época não era propriamente um estádio, mas um terreno com um campo – junto ao São Paulo. A inauguração foi contra um combinado Palmeiras-São Paulo, e a Lusa venceu por 3 x 2.
Depois daquela série de títulos, outro período de boas campanhas, mas que resultaram na revelação de jogadores, não em títulos. O centroavante Servílio, por exemplo, marcou impressionantes 34 gols no Paulitão de 1959. Só não foi o artilheiro porque na mesma época o Santos tinha um rapaz bom de bola usando a camisa 10, que marcou 44 vezes. Mais à frente, em 65, três jogadores que fariam fama no futebol brasileiro chegaram juntos à Portuguesa: Leivinha, Zé Maria e Marinho Peres. Durante esse período, as categorias de base começaram a forjar outra geração de sucesso. A Lusa faria algo admirável: conseguiria realizar as obras para transformar o Canindé num estádio de verdade sem, para isso, abrir mão de conquistas. Foi quase simultâneo: em janeiro de 72, um amistoso contra o Benfica inaugurou o primeiro anel do estádio, com capacidade para 10 mil pessoas. No ano seguinte, começou a construção do segundo anel. E foi justamente aí, em 73, que a Portuguesa voltou a levantar uma taça.
Levantou. Mas, se você for checar nos registros do Santos, vai ver que o time de Pelé e Edu também tem lá, anotadinho em seu currículo, “campeão paulista de 73”. Uma das decisões estaduais mais famosas de todos os tempos não teve nenhum dos craques do Peixe como protagonista, nem qualquer dos membros do excelente time da Lusa, como Badeco, Basílio, Cabinho e, principalmente, o ex-futuro-Pelé Enéas. Após o empate por 0 x 0, a decisão do título foi para os pênaltis. Com 2 x 0 de vantagem para o Santos e tendo a Portuguesa ainda duas cobranças para realizar, o árbitro Armando Marques, que não tinha na Matemática uma de suas grandes armas, deu a decisão por finalizada. Houve protestos, claro, e no dia seguinte a Federação Paulista de Futebol optou por dividir o título entre os dois clubes.

CLUBE DE REGATAS VASCO DA GAMA


Club de Regatas Vasco da Gama
O Vasco da Gama é mais um daqueles times de futebol do Rio de Janeiro que nasceu antes mesmo de o futebol emplacar por aqui. Nasceu, aliás, para outros fins; para o remo – esse sim popular na época. Naqueles últimos anos do século 19, foi o cansaço por ter que viajar até Niterói todos os finais de semana, para remar no Club Gragoatá, que levou os garotos Henrique Ferreira Monteiro, Luís Antônio Rodrigues, José Alexandre d’Avelar Rodrigues e Manuel Teixeira de Souza Júnior a levar adiante a idéia de montar uma agremiação junto a outros descendentes de portugueses: em 21 de agosto de 1898, levando o nome de um dos heróis da pátria-mãe, foi fundado o Club de Regatas Vasco da Gama.
Durante mais de uma década, o clube se prestou unicamente àquilo que seu nome prometia: regatas. Foi depois que um combinado de jogadores de futebol portugueses veio ao Rio de Janeiro a convite do Botafogo, em 1913, que a colônia passou a se interessar pelo esporte. Criou-se o clube Lusitânia – que só aceitava portugueses legítimos em seus quadros, algo que impedia sua presença na Liga Metropolitana de Sports Athleticos (LMSA). Após muita negociação, o Vasco absorveu o Lusitânia e, em 26 de novembro de 1915, nasceu o futebol no clube.
Durante anos, os cruzmaltinos (que, aliás, não usam a Cruz de Malta, mas sim a Cruz da Ordem de Cristo) foram coadjuvantes no futebol do Rio de Janeiro. O acesso à primeira divisão chegou em 1922, quando o time de Claudionor e Cardoso Pires derrotou o Carioca por 8 x 3 e levantou seu primeiro troféu, o da Taça Constantino. Não foi uma conquista fortuita: no ano seguinte, o time repleto de operários e de negros – enquanto a maioria dos rivais era de descendentes de europeus – e com um preparo físico muito superior à média da época, desbancou equipes que vinham tendo sucesso, como Fluminense, América, São Cristóvão e o antigo rival de regatas, o Flamengo, e se sagrou campeão em sua primeira participação na primeira divisão, grças aos gols de Cecy e Negrito. Foi naquele ano que os “camisas pretas” instituíram o pagamento de “bicho” – a retribuição por vitórias. Como o futebol era amador e os atletas não podiam receber dinheiro, os portugueses que apostavam nos triunfos vascaínos criaram uma tabela que dava para cada jogador um animal, de acordo com o grau do adversário derrotado: vitória sobre o América valia uma vaca; sobre o Fluminense, duas ovelhas e um porco. No ano seguinte, uma manobra com cara de discriminatória acusou o Vasco de profissionalismo (e suspendeu justamente seus jogadores negros e operários) e de não ter um campo em condições de receber jogos do torneio. O time foi obrigado a disputar o fraco campeonato da Liga Metropolitana de Desportos Terrestres, que venceu com tranqüilidade.
De volta à LMSA no ano seguinte, o Vasco teve a consciência de reconhecer a importância de ter o seu próprio campo de dimensões respeitáveis – coisa que, até hoje, é exclusividade sua no Rio de Janeiro. Uma campanha de arrecadação permitiu que, em 1927, o estádio se tornasse realidade: até a inauguração do Pacaembu, em 1941, aquele seria o maior estádio do País. Crescendo em qualidade e fama dentro de campo outra vez, em 1931 o Vasco se tornou o primeiro clube carioca a ser convidado para uma excursão ao exterior – Portugal e Espanha. Reforçados por Nilo, Carvalho Leite e Benedito (emprestados pelo Botafogo) e Fernando (Fluminense), os vascaínos tiveram tanto sucesso que voltaram sem dois craques: Fausto e Jaguaré, ambos contratados pelo Barcelona. Durante aqueles anos, as várias instituições que regiam (ou pretendiam reger) o futebol do Rio de Janeiro entraram em atrito e, em várias ocasiões, houve mais de um campeonato estadual disputado. A reconciliação geral veio em 1937, quando Vasco e América – cada um até então de uma corrente – comemoraram com o “Clássico da Paz” a criação da Liga de Football do Rio de Janeiro, que juntava todos os clubes médios e grandes.

terça-feira, 16 de junho de 2009

ESPORTE CLUBE JUVENTUDE



A Gloriosa História do Juventude
"As raízes são como as fontes que das profundezas emanam
aquilo que constrói o homem e a sua personalidade."
A história do Esporte Clube Juventude não é uma simples história comum. São 87 anos completados em plena efervescência e na mais plena das alegrias. Cada vez mais se solidifica a harmonia entre o clube e a região, tal o enraizamento que existe entre ambos. Falar da cidade significa falar também do Juventude, que é fruto dos primórdios da colonização italiana. E não se diz isso por mero favor ou por querer que assim seja. Os sentimentos que nos unem transcendem os da própria razão. Afinal, é o Juventude, incontestavelmente, o único clube que tem real tradição. Que tem história. O mundo sabe disso.
São vidas que correm paralelamente. Os imigrantes com com sua bravura e vontade chegaram aqui desbravando florestas. A seguir vieram os seus descendentes. Surgiu o Juventude do desejo e do sonho dos imigrantres e de seus filhos, mais os que se incorporaram a essa cidade durante a sua primeira geração. Em decorrência lógica, todas as gerações de caxienses das mais diversas estirpes estão interligadas com o JU. Não foi difícil, por conseguinte, que surgisse uma agramiação fortemente compacta, com todas as suas letras maiúsculas: JUVENTUDE.

CURITIBA FOOTBALL CLUB


12 de outubro de 1909. Esta é a data histórica registrada pelos historiadores, como da fundação do Coritiba Football Club. O que pensavam e sonhavam aqueles jovens, a maioria integrante da colônia de descendentes germânicos, sobre aquele ato de fundação de um clube, fruto do entusiasmo com a novidade que surgia pelo sul do Brasil? Teriam eles consciência de que, no transcorrer do século XX, o Coritiba seria a própria história do futebol paranaense, sua maior tradição, suas maiores conquistas? Na verdade, tudo começou pelo entusiasmo de um grupo, onde todos gostavam de praticar esporte. Reuniam-se no Clube Ginástico Turverein, mais tarde Teuto Brasileiro, quando surgiu uma grande novidade. Frederico Essenfelder, o Fritz, que residira um tempo em Pelotas, no Rio Grande do Sul, apareceu com o objeto da moda por lá. Uma bola de futebol. A curiosidade foi geral, face às notícias que relataram estar nascendo um novo esporte na cidade de Rio Grande, oriundo da Inglaterra, que desde o século anterior procurava difundir sua prática. E Essenfelder iria transformar uma imagem de sonho, numa autêntica realidade. Entusiasmaram-se João Viana Seiler, Leopoldo Obladen, Carlos Schelenker, Arthur Iwersen, Arthur Hauer, (que levava toda a família), Walter Dietrich, Roberto Isckch, Rodolpho Kastrup e muitos outros. Junto a eles, um brasileiro autêntico, José Júlio Franco, mais tarde formando um trio com Seiler e Obladen, decisivo a implantação do clube.

CLUBE DE REGATAS BOTAFOGO



O Club de Regatas Botafogo foi fundado em 01/07/1894, assim o Botafogo é o clube mais antigo do futebol carioca.
O Botafogo é o único Tetra-Campeão de Futebol do Rio de Janeiro (1932,1933,1934,1935). Esta é a razão das quatro estrelas em sua camisa.
A estátua do Manequinho foi transformada em símbolo da torcida alvinegra, após a conquista do Campeonato Carioca de 1957, quando nela foi colocada a Camisa do Botafogo, tornando-se este fato uma das tradições após as grandes conquistas do clube.
Sim é isto mesmo, a maior goleada do futebol brasileiro pertence ao Botafogo. No dia 30/05/1909, em jogo realizado no campo alvinegro da Voluntários da Pátria, o Botafogo venceu o Mangueira por 24 a 0. O time jogou com Coggin, Raul (1)e Dinorah(1); Rolando, Lulu(2) e Pullen; Henrique(1), Flávio(7), Monk(2), Gilbert (9)e Emanuel (1).
Enquanto na maioria dos times os grandes craques usam a camisa 10, no Botafogo a honra maior é carregar nas costas o número 7, imortalizado pelos dribles geniais de Garrincha. Durante o período sem títulos, nos anos 70 e 80, não houve muitos jogadores dignos de vestir essa camisa.
Mística é algo que os anos não apagam. O gol do título estadual de 89, que pôs fim a um jejum de 21 anos sem conquistas, foi marcado pelo camisa 7 Maurício.
Em1995, quando o Botafogo foi campeão brasileiro, o logotipo do patrocinador - a marca de refrigerantes SevenUp - era o número 7 estilizado. E qual era a camisa de Túlio, artilheiro do time e do campeonato? Sete, é claro.
Botafogo era um instrumento militar, uma haste com um pavio, com o qual o artilheiro detonava os canhões." Bota Fogo", era sinônimo de detonar.
No século XVI, Portugal construiu o maior navio de guerra da Europa. O Galeão S. João Batista, de 1000 toneladas que, por seu poder de artilharia e conquistas, ficou conhecido como "Botafogo". João de Souza Pereira, fidalgo português, natural de Elvas, famoso oficial de artilharia ganhou o apelido de Botafogo e incorporou ao seu sobrenome.
O adjetivo "O GLORIOSO" foi dado ao Botafogo após a conquista do segundo campeonato carioca, em 1910.
O folclórico Manga sempre esnobava o Flamengo nos dias que antecediam os clássicos. O Goleiro dizia: "Já providenciei todas as despesas, pois todo jogo contra o Flamengo o bicho é certo."
Nilton Santos, conhecido como a enciclopédia do futebol, só jogou em um clube em sua carreira. Amava tanto o Botafogo, que dizem que assinava seus contratos em branco, mostrando assim que o importante era honrar a camisa do Glorioso.
Mesmo sendo a base da seleção brasileira nas décadas de 60 a 70, cedendo jogadores como Garrincha, Nilton Santos, Didi, Amarildo, Zagalo, Quarentinha, Manga, Rildo, Gérson, Jairzinho, Roberto Miranda e Paulo César Cajú, o Botafogo só conseguiu um titulo brasileiro neste período. O de Campeão da Taça Brasil, que era disputado nos mesmos moldes da atual Copa do Brasil e tinha o mesmo valor do atual Campeonato Brasileiro.
Coisas do Futebol ! O Botafogo foi vice-campeão do Campeonato Brasileiro de 1972, mesmo somando mais pontos do que o campeão Palmeiras.
O Botafogo foi o clube que mais cedeu jogadores para a Seleção Brasileira em todos os tempos.
O título conquistado em 17 de dezembro de 1995 marca a primeira vez que o Botafogo ganhou este atual Campeonato Brasileiro, porém já tinhamos sido campeão do Brasil antes.

CLUBE DE REGATAS FLAMENGO


O Flamengo já nasceu com a garra e o espírito vencedor. A idéia da criação de um grupo organizado de remo surgiu em bate-papos de jovens do bairro no Café Lamas, no Largo do Machado. O objetivo era entrar na disputa com clubes de outros bairros, como o de Botafogo, que já atraíam a atenção das mocinhas da época. Jovens remadores - José Agostinho Pereira da Cunha, Mário Spindola, Nestor de Barros, Augusto Lopes, José Félix da Cunha Meneses e Felisberto Laport – resolveram comprar um barco. O escolhido foi um já velho, porém adequado às finanças disponíveis. Cotizaram o dinheiro, adquiriram o primeiro patrimônio, que foi nomeado de Pherusa, e fizeram uma reforma completa para utilizá-lo. No dia 6 de outubro, os jovens, mais Maurício Rodrigues Pereira e Joaquim Bahia, foram dar a primeira volta com o barco. Saíram da Ponta do Caju, na praia de Maria Angu (atual Ramos), de tarde. Mesmo com o tempo ameaçador no céu, Mário Spindola dirigiu rumo à praia do Flamengo. Então, o primeiro grande desafio do grupo surgiu. O forte vento virou a embarcação e os náufragos tiveram que se segurar no que restou da Pherusa. Joaquim Bahia, excelente nadador, saiu até a praia em busca de ajuda. Mas a chuva cessou e logo apareceu um outro barco, o Leal, de pescadores da Penha, e fez o resgate dos jovens e da Pherusa. A preocupação passou a ser Bahia, que depois de quatro horas chegaria à praia, tornando-se o primeiro herói do Flamengo. A recuperação de Pherusa foi iniciada novamente. Quando ela já estava quase pronta, foi roubada e nunca mais vista. Mas o entusiasmo em fundar um grupo de regatas não desapareceu. Os jovens decidiram comprar outro barco. George Lenzinger, José Agostinho, José Félix e Felisberto Laport entraram na história, juntaram o dinheiro necessário e compraram o Etoile, de Luciano Gray, logo batizado de Scyra e registrado na Union de Canotiers. Na noite de 17 de novembro de1895, no casarão de Nestor de Barros, número 22 da Praia do Flamengo, onde era guardada a Pherusa e depois a Scyra, foi fundado o Grupo de Regatas do Flamengo e, com ele, eleita a sua primeira diretoria: Domingos Marques de Azevedo, presidente; Francisco Lucci Colás, vice-presidente; Nestor de Barros, secretário; Felisberto Cardoso Laport, tesoureiro. Destacados ainda como sócios-fundadores, José Agostinho Pereira da Cunha, Napoleão Coelho de Oliveira, Mário Spíndola, José Maria Leitão da Cunha, Carlos Sardinha, Eduardo Sardinha, José Felix da Cunha Menezes, Emygdio José Barbosa (ou Emygdio Pereira, ou ainda Edmundo Rodrigues Pereira, há controvérsias) Maurício Rodrigues Pereira, Desidério Guimarães, George Leuzinger, Augusto Lopes da Silveira, João de Almeida Lustosa e José Augusto Chalréo, sendo que os três últimos faltaram à reunião, mas assinaram a ata dias depois e receberam o título. No encontro, foi acordado que a data oficial seria a de 15 de novembro, pois no aniversário do Flamengo sempre seria feriado nacional (Dia da Proclamação da República), e que as cores oficiais seriam azul e ouro, em largas listras horizontais. Primeiras competições, vitórias e mudanças A preocupação com o nacionalismo foi marcante no início do Flamengo. Primeiramente, a denominação de grupo, ao invés de clube, palavra estrangeira. Depois, com a aquisição de novos barcos ao longo dos anos, a origem dos nomes foi a indígena (Aymoré, Iaci e Irerê) ao invés dos antigos, derivados do grego (Pherusa e Scyra). Mas foi com a Scyra mesmo que o Flamengo entrou em sua primeira competição. Um fiasco, causado pela inexperiência dos seus remadores, que comeram um bacalhau à portuguesa com vinho verde antes da disputa. O barco bateu na baliza de sinalização, a tripulação enjoou e, no fim, a embarcação do Botafogo rebocou a Scyra. Passado o primeiro vexame, o Flamengo começou a competir, mas só conseguiu chegar em segundo e terceiro lugar. Por isso, foi logo chamado de Clube de Bronze. A primeira vitória veio no dia 5 de julho de 1898, na I Regata do Campeonato Náutico do Brasil, com Irerê, uma baleeira a dois remos. Nesta época, o Flamengo já reunia seguidores de todas as classes sociais, dos intelectuais, passando pelas famílias tradicionais, até os empregados de comércio, todos torcedores fanáticos do grupo. As mocinhas que caminhavam na praia do Russel acabam sempre no número 22 e a sede do Flamengo ficou conhecida como a "República da Paz e do Amor". Antes um pouco, em 23 de novembro de 1896, uma das mudanças mais significativas na história do Flamengo. Como as camisas do uniforme, listradas nas cores azul e ouro, eram importadas da Inglaterra e desbotavam com facilidade devido ao sol e ao mar das competições do remo, Nestor de Barros propôs que elas fossem para vermelha e preta. Junto com a mudança das cores e o crescimento do Flamengo, veio a transformação de Grupo em Clube, sugerida pelo poeta e cronista Mário Pederneiras. Estava definitivamente concretizado o amor rubro-negro pelo Clube de Regatas do Flamengo. Futebol disputa espaço com o remo Depois de começar mal no remo, o Flamengo foi pegando experiência com o tempo. Afinal, outros grupos já existiam há mais pempo e venciam as competições com maior freqüência, como o Gragoatá, o Botafogo e o Vasco da Gama. As primeiras provas eram conquistadas enquanto a paixão pelo clube aumentava. A partir do início do século XX, o futebol começava a disputar popularidade na cidade do Rio de Janeiro com o remo. Mas, como o clube rubro-negro não dispunha de departamento de esportes terrestres, seus sócios eram obrigados a acompanhar o Fluminense também, pois em Laranjeiras havia um time para torcer. O maior exemplo desta divisão era Alberto Borgerth. Pela manhã, era remador no Flamengo. À tarde, representava o Fluminense no futebol. Os torcedores, sem opção para acompanhar os dois esportes em um só clube, seguiam o mesmo comportamento, dividindo-se na paixão clubística. O Flamengo, então, começou a dar os seus primeiros passos no nobre esporte bretão. O clube começa a disputar alguns amistosos. No primeiro, realizado dia 25 de outubro de 1903 no Estádio do Paissandú Atlético Clube, perde do Botafogo por 5 a 1, com a seguinte formação: G.V. de Castro, V. Fatam, H. Palm, Sampaio Ferraz, A. Gibbons (capitão), L. Neves, C. Pullen, M. Morand, A. Vasconcelos, D. Moutinho e A. Simonsen, com os reservas M. Gudin e A. Furtado. Uma curiosidade é que o time de futebol não entrava em campo com o uniforme oficial do Flamengo. No primeiro jogo, vestiu camisas brancas e shorts pretos. Depois, foi obrigado a usar o Papagaio de Vintém e a Cobra Coral. O esporte era malvisto pelo remo rubro-negro e, por isso, o clube só se filiou à Liga Metropolitana de Futebol – criada em 1905 - em 1912, depois do ingresso dos ex-tricolores, ficando cerca de nove anos disputando somente amistosos. O futebol oficial no Flamengo O futebol do Flamengo é dissidente do Fluminense. Em 1911, o tricolor estava às vésperas do título carioca, mas, atravessava grave crise interna. O capitão do time, Alberto Borgeth (o mesmo que remava pelo Flamengo), se desentendeu com os dirigentes e, depois de conquistado o campeonato, liderou um movimento de saída das Laranjeiras. Dez jogadores campeões deixaram o Fluminense: Othon de Figueiredo Baena, Píndaro de Carvalho Rodrigues, Emmanuel Augusto Nery, Ernesto Amarante, Armando de Almeida, Orlando Sampaio Matos, Gustavo Adolpho de Carvalho, Lawrence Andrews e Arnaldo Machado Guimarães. Dia 8 de novembro, foi aprovado o ingresso dos novos sócios. Os remadores do Flamengo, porém, não eram favoráveis à dedicação oficial do clube rubro-negro ao futebol, caso que estava sendo analisado por uma comissão da qual o líder era justamente Alberto Borgerth. Mas não teve jeito mesmo. Em assembléia realizada no dia 24 de dezembro de 1911, o Flamengo criou oficialmente o seu time de futebol, sob a responsabilidade do Departamento de Esportes Terrestres. A equipe treinava na praia do Russel e conquistava maior simpatia ainda com o povo, que acompanhava de perto os atletas no dia-a-dia. No primeiro jogo oficial, realizado dia 3 de maio de 1912, no campo do América, na Campos Sales, uma goleada, a maior da história do clube. O Flamengo venceu o Mangueira por incríveis 15 a 2. A equipe rubro-negra jogou com Baena, Píndaro e Nery; Curiol, Gilberto e Galo; Baiano, Arnaldo, Amarante, Gustavo de Carvalho, e Borgerth. Gustavo Adolpho de Carvalho marcou o primeiro gol oficial da história do Flamengo e fez outros três no jogo. Arnaldo (4), Amarante (4), Borgeth (2) e Galo (1) completaram o placar. Como não possuía um campo próprio, o Flamengo mandava os seus jogos no Fluminense. Depois de um tempo, arrendou um espaço na rua Paissandu, de propriedade da família Guinle, e parou de considerar o estádio das Laranjeiras como a sua casa. O primeiro FLA X FLU e os primeiros títulos No dia 7 de julho de 1912, o Flamengo disputou o seu primeiro Fla x Flu. Os campeões dissidentes do tricolor que passaram a defender o rubro-negro, porém, surpreendentemente perderam por 3 a 2 no confronto com o ex-clube. Muitos dizem que por causa desta derrota é que abriu-se a enorme ferida que alimenta a eterna rivalidade do clássico mais famoso do mundo, o único que tem nome próprio. Mas a primeira derrota para o rival não abalou em nada o ânimo rubro-negro. Nos oito primeiros anos de disputa futebolística, dois tricampeonatos nos 2º Quadros (aspirantes da época), 1912/13/14 e 1916/17/18, dois vice-campeonatos, em 1912/13, e um bicampeonato com a equipe principal, 1914/15. No primeiro título oficial conquistado pelo Flamengo, apenas uma derrota, para o Botafogo, por 2 a 1. Já o bicampeonato foi invicto. Destacou-se nas duas campanhas o artilheiro Riemer, com 8 gols em 1913, 14 e 15. Conforme ia se afirmando como esporte importante no clube, o futebol mudava de uniforme. Em 1912, a estréia oficial foi feita com a camisa quadriculada em vermelho e preto, logo apelidada jocosamente de Papagaio de Vintém pelos adversários. No ano seguinte, mudança para as listras vermelha e preta, sendo que com um friso branco entre uma e outra. Também ganhou apelido, o de Cobra Coral. Como era muito semelhante ao pavilhão fascista alemão, em 1914 ficou determinado finalmente que os jogadores do futebol poderiam usar o mesmo uniforme dos remadores, implantando-se, enfim, a igualdade nos dois esportes. O resultado foi a conquista do primeiro título. Superstição ou não, funcionou e continuou assim. Mas, após o bicampeonato de 1914/15, o Flamengo sofreu um duro golpe. A família Guinle não quis renovar o contrato de arrendamento do campo de treino da rua Paissandu, dando somente a opção de compra. Como o clube não dispunha de verbas para investimento de tal vulto, ficou com o prazo até o dia 31 de dezembro de 1931 para deixar o local. A conquista definitiva do povo A década de 20 foi boa para o Flamengo. Depois de conquistar os títulos de 1914/15 no futebol, o clube voltou a levantar o título carioca em 1920, de forma invicta e marcando a primeira dobradinha com o remo - que havia ganho pela primeira vez no bicampeonato de 1916/17 - sendo campeão de terra e mar. A taça de 1920 também foi importante para aumentar ainda mais a rivalidade com o Fluminense. Com a conquista, o Flamengo impediu, pela primeira vez, um tetracampeonato do tricolor. Em 1921, novo título no futebol. Os principais nomes do time eram os atacantes Junqueira, Candiota, Nonô e Sidney, Porém, nos três anos seguintes, o Flamengo foi vice-campeão seguidamente, voltando a conquistar o Carioca somente em 1925. Nesta campanha, só foi derrotado uma vez - pelo Fluminense, placar de 3 a 1 -, venceu pela primeira vez outro tradicional rival, o Vasco da Gama, por 2 a 0, e teve em Nonô o grande artilheiro e destaque novamente, com 27 gols em 18 jogos.

SANTOS FUTEBOL CLUBE


O Santos FC foi fundado no dia 14 de abril de 1912, por iniciativa de três esportistas da Cidade (Raymundo Marques-foto-, Mário Ferraz de Campos e Argemiro de Souza Júnior) que convocaram uma assembléia na sede do Clube Concórdia (localizado na Rua do Rosário- Atual Avenida João Pessoa), para a criação de um time de futebol. Durante a reunião, surgiu a dúvida quanto ao nome que seria dado à essa agremiação. Várias sugestões apareceram: Concórdia, Euterpe ou Brasil Atlético. Mas os participantes da reunião aclamaram, por unanimidade, a proposta de Edmundo Jorge Araújo: a denominação Santos.
No início de 1913, o Santos recebia um convite da Liga Paulista de Futebol para disputar o campeonato estadual daquele ano. Esta foi a primeira competição oficial disputada pelo clube. Sua estréia aconteceu no dia 1º de junho, diante do Germânia. O resultado, porém, não foi nada animador: derrota por 8 a 1. O Santos jogou com Durval Damasceno, Sebastião Arantes e Sydnei Simonsen; Geraule Ribeiro, Ambrósio Silva e José Pereira da Silva; Adolfo Millon, Nilo Arruda, Anacleto Ferramenta, Harold Cross e Arnaldo Silveira. Desde os primeiros anos de existência, o quadro de futebol do Santos obteve êxitos memoráveis, tanto em jogos locais como internacionais. Seu primeiro título de Campeão Paulista aconteceu em 1935, após um declínio dois anos antes, em razão da criação do profissionalismo no futebol. Após a Era Pelé, o Santos Futebol Clube continuou seu caminho de glórias. Em 1978 formou um time campeão. Os Meninos da Vila, apelido dado pela juventude dos atletas da equipe, conquistaram o Campeonato Paulista de 1978. Destacaram-se na época Juari, Pita, Ailton Lira entre outros.

CORINTHIANS FUTEBOL CLUBE


A Fundação
A idéia da fundação de um clube no Bom Retiro era assunto preferido dos funcionários da estrada de ferro São Paulo Railway e moradores, sem exceção do bairro. E isso começou a amadurecer quando Joaquim Ambrósio, Carlos Silva, Rafael Perrone, Antônio Pereira e Anselmo Correia foram juntos, assistir no campo do Velódromo a estrela do time inglês Corinthian (sem o s final) Team, na tarde de 31 de agosto de 1910. Os ingleses derrotam a Associação Atlética das Palmeiras (nenhuma ligação com o Palestra Itália), por 2 a 0. Voltaram do jogo maravilhados e com o pensamento mais forte na criação de um time de futebol no Bom Retiro. Os cinco quase não dormiram nessa noite. Cada qual traçava seu plano de argumentação para sustentar a idéia. Assim, às 20h30m do dia 1 de setembro de 1910, à luz do lampião de gás que iluminava a rua José Paulino, treze pessoas sacramentaram a fundação do Sport Corinthians Paulista. A homenagem ao Corinthian inglês, ganhou um s no nome e derrotou o palpite de alguns fundadores que lançaram sugestões de nomes como Santos Dumont ou Carlos Gomes.A primeira Diretoria ficou constituída da seguinte forma: Miguel Bataglia (presidente); Salvador Lapomo e Alexandre Magnuni (vice-presidentes); Antônio Alves Nunes (secretário); João da Silva (tesoureiro) e Carlos Silva (procurador geral). O local onde se confirmou a fundação do Corinthians, foi a residência do Sr. Miguel Bataglia; mas onde o clube foi sonhado e que deve ser considerado seu berço foi o salão de barbeiro de Salvador Bataglia, irmão de Miguel, e que existia à rua Júlio Conceição, esquina da rua dos Italianos. As reuniões continuavam sendo no salão de barbeiro de Salvador, mas ficou pequeno e a sede foi transferida para a confeitaria de Antônio Desidério, na rua dos Imigrantes, nr. 34, esquina com a rua Cônego Martins. No dia 10 de setembro, o Corinthians fez seu primeiro jogo da história. Foi contra o União da Lapa, considerado o bicho-papão da várzea paulistana. O Corinthians perdeu por 1 a 0. A equipe jogou assim: Valente, Perrone e Atílio; Lepre, Alfredo e Police; João da Silva, Jorge Campbell, Luiz Fabi, César Nunes e Joaquim Ambrósio. O dia da realização desse jogo, provocou uma certa confusão quanto à fundação do clube, mas ficou mesmo registrado o dia 1° de setembro de 1910 como data oficial de fundação do Corinthians.

SPORT CLUB INTERNACIONAL

Data de fundação do clube: 4 de abril de 1909. Quando os jovens Henrique, José e Luis Poppe chegaram a Porto Alegre, em 1908, vindos de São Paulo, foi fácil abrir uma loja de roupas e logo começar a ganhar dinheiro. A capital gaúcha se modernizava e progredia rapidamente. Desde o fim do século XIX, possuía fábricas de máquinas, tecidos, móveis e cerveja; há quatro anos os bondes elétricos tinham substituído os puxados a burro; acabava-se de instalar iluminação elétrica em todas as ruas do centro; e a população havia saltado de 73 000 habitantes em 1900 para 120 000 naquele ano de 1908.
Difícil mesmo, para os irmãos Poppe, foi serem aceitos como sócios em algum clube da cidade. Jovens de 20 e poucos anos, eles queriam praticar esportes, de preferência o futebol. Mas o Grêmio, que já existia há seis anos, se fechou para eles. E também os clubes de remo, de tiro, de tênis. A desculpa era sempre a mesma: gente recém chegada, pouco conhecida... Aí, os irmãos Poppe se irritaram e resolveram fundar seu próprio clube. Começa assim a história do Sport Club Internacional. A Democracia Os discursos ouvidos nas reuniões sempre giravam em torno de um princípio muito importante para os Poppe e para aqueles que ali estavam. O Internacional estava sendo criado para brasileiros e estrangeiros, uma clara alusão à política de discriminição dos outros clubes de Porto Alegre. E esta democracia de acesso muito cedo oferecida pelo Internacional é a melhor explicação para o fato de que estudantes e empregados do comércio predominassem como jogadores do time. A cada domingo crescia o núcleo dos que iam apoiá-los contra seus adversários. Notícia da criação do Sport-Club Internacional Porque o nome 'Internacional'? A primeira diretoria colorada foi escolhida em uma reunião na avenida Redenção (hoje avenida João Pessoa), número 211 (hoje 1.025), na noite de 11 de abril. Mais de 40 pessoas votaram também para a escolha do nome do clube, definido em homenagem a Inter, ou Internazionale, nome do clube de Milão, na Itália, de onde vieram os pais dos Poppe; o campeão de São Paulo, de onde vieram os irmãos também foi homenageado: Internacional.

IPATINGA FUTEBOL CLUBE

O relato da história do Ipatinga é notadamente mais modesto do que o de todos os outros clubes do Campeonato Brasileiro, mas é justamente aí que reside o maior mérito dos mineiros. Você que está lendo este breve resumo histórico é provavelmente mais velho do que o próprio Ipatinga Futebol Clube. Só que, em vez de olhar de soslaio, o melhor é respeitar o “Tigre”: em apenas uma década de vida, o time já chegou a um título estadual, uma semifinal de Copa do Brasil e ganhou um lugar na elite do Brasileirão: coisa que muita gente com tradição tem penado para conseguir.
A cidade de Ipatinga há tempos é um pólo de investimento, cravada bem no meio do Vale do Aço. O estádio municipal Epaminondas Mendes Brito – o Ipatingão - já existia, e o interesse por futebol, idem. O que o empresário Itair Machado (ex-jogador de futebol e até aquele momento patrocinador do Social, da cidade vizinha de Coronel Fabriciano) fez foi colocar ordem o suficiente na situação para trazer à cidade um clube organizado: em 21 de maio de 1998, o Novo Cruzeiro F.C., agremiação amadora, ganhou registro profissional e passou a ser o Ipatinga Futebol Clube.
Clube fundado, a primeira missão foi chegar à divisão principal do Campeonato Mineiro. De cara, em suas duas primeiras participações, o time foi vice-campeão da Segunda Divisão e do chamado “Módulo 2”. Assim chegou, rápido, o acesso à elite do Estado. E, para não haver dúvidas de que a coisa era séria, logo em sua temporada de estréia o Tigre terminou em 4º lugar – atrás apenas (e previsivelmente) de Cruzeiro, Atlético e América.
O pessoal de todos os Estados do Brasil estava acostumado a estrelas-cadentes como aquela: equipe nova, injeção de dinheiro e ânimo, boa campanha e logo a história acaba. Mas com o Ipatinga foi bem diferente: em 2002, ano em que os grandes não participaram do Mineiro, o time foi vice-campeão. Dois anos mais tarde, de clube mineiro o Ipatinga passou a ser brasileiro: estreou na Série C do Brasileirão – em que foi eliminado na primeira fase – e, no final da temporada, conquistou a Taça Minas Gerais.

FORTALEZA ESPORTE CLUBE


O Fortaleza Esporte Clube originou-se do "Stella", que na Primeira década do século era formado por jovens da sociedade cearense. No dia 18 de outubro de 1918 o Sr. Alcides Santos fundou o Fortaleza. A partir de então muitos presidentes também sagraram-se campeões. Otoni Diniz,Gal. Rabelo Maia, José Raymundo Costa, Ezequiel Menezes, Manuel Guimarães, Ney Rebouças, Silvio Carlos, Péricles Mulatinho...
Entre os títulos conquistados destacam-se o tricampeonato de 1928, o bicampeonato de 1974, quando vencemos três vezes o nosso maior rival em apenas uma semana, o bicampeonato de 1983, quando passou por nosso clube o maior goleador de todos os tempos, Luisínho das Arábias, 35 gols. Além deste muitos outros ídolos passaram pelo Fortaleza, porém nem um incarnou o espírito de luta tricolor tão bem quanto Moésio Gomes.
Um pouco antes da fundação, aquele que se tornaria o primeiro presidente, o Sr. Alcides Santos viajou para França, e em París viu jogar um excepcional time, provavelmente o time que originaria o París Saint Germain, que utilizava-se das cores da bandeira francesa. Como a maioria das bandeiras dos países europeus utilizavam (e utilizam) o vermelho, o azul e o branco, resolveu adaptar tais cores no uniforme do time que se tornaria mais vezes campeão estadual, 30 campeonatos.

FLUMINENSE FOOTBALL CLUB


Quando Oscar Cox fundou o Fluminense Football Club em 21 de julho de 1902, numa sede localizada no número 51 da Rua Marquês de Abrantes, no Flamengo, não poderia imaginar que um clube marcado pela nobreza logo tomaria o gosto popular. Desde os seus primórdios, o Tricolor teve entre seus sócios e freqüentadores representantes das famílias mais tradicionais do Rio de Janeiro. Hoje, o clube está entre as 10 maiores torcidas do país. A sua bela sede das Laranjeiras, de aspecto europeu, contrasta com a paixão unicamente brasileira de seus torcedores. Oscar Cox chegou da Suíça, em 1897, com a idéia de formar um time de futebol (o que só aconteceria quatro anos mais tarde), e ao mesmo tempo trouxe pela primeira vez para o Rio o esporte que seria o mais popular do Brasil dentro de pouco tempo. Desde a sua fundação, o Fluminense foi pioneiro das evoluções do futebol no Rio. Em 1903, na estréia do grená, branco e verde como cores oficiais, em substituição ao branco e cinza, o Fluminense disputou a primeira partida no Rio de Janeiro com ingressos pagos. O agora Tricolor perdeu por 3 a 0 para o Paulistano com um público de 996 pessoas. O Fluminense começou a se desprender totalmente da elitização a partir da primeira metade da década de 20, quando o futebol brasileiro finalmente penetrou nas camadas mais baixas da sociedade. O clube das Laranjeiras, nessa época, foi um dos pioneiros na luta pela profissionalização dos jogadores, deixando de restringir a prática do futebol aos associados dos clubes. Mas foram as grandes conquistas nos gramados que alçaram o Fluminense a um dos clubes mais populares do Brasil. Ainda quando o futebol engatinhava, o Tricolor consolidava sua condição de elite, não social, mas esportiva, com o tetracampeonato estadual 1906-1909. Nos anos que se seguiram, o Fluminense jamais deixou de ser um ícone do esporte brasileiro, não só no país, mas também no mundo. O Tricolor fascinou pela sua disciplina e recebeu do Comitê Olímpico Internacional, em 1949, a Taça Olímpica, pelos serviços prestados ao esporte. Três anos mais tarde, em 1952, quando o Maracanã ainda chorava a perda da Copa do Mundo para o Uruguai, em 1950, o Fluminense fez o maior estádio do mundo voltar a sorrir conquistando ali a Copa Rio, primeira versão do Mundial Interclubes. Com Castilho, Píndaro, Bigode, Telê e Zezé Moreira no comando, o Tricolor fez crescer a auto-estima do povo carioca batendo Sporting, Grasshoppers, Peñarol, Austria Vienna e o Corinthians, na final, levando a taça. Já consolidado como um dos maiores clubes do Brasil, o Fluminense continuava a encher de orgulho torcedores de todas as classes sociais com seus títulos e times memoráveis. No Rio de Janeiro, a hegemonia permanece desde a Máquina Tricolor de Rivelino, que conquistou o bi de 1975-76 até o time comandado por Abel Braga, que levantou o 30º Campeonato Estadual, em 2005.

ATLÉTICO PARANAENSE


O Clube Atlético Paranaense originou-se da fusão de dois tradicionais clubes de Curitiba - o América Foot-ball Club, até então com um titulo paranaense da fusão, que acabou, com o Paraná (America - Paraná) e do Internacional Foot-ball Club, o primeiro campeão estadual, em 1916.» Tudo aconteceu no dia 26 de março de 1924, na Rua XV, no prédio 416, com a presença de Arcésio Guimarães (Internacional), Joaquim Narciso Azevedo (América), e mais sete pessoas que fundam o Clube e, em ata, tomam as primeiras deliberações, entre as quais definem o uniforme, que será vermelho e preto com listras horizontais, adotando as cores dos uniformes do América (vermelho) e do Internacional (preto e branco com listras verticais).» No dia 20 de abril do mesmo ano, o rubro-negro faz sua estréia do uniforme em sua primeira partida oficial, pelo Torneio Inicio. O adversário ???.... O seu eterno rival, Cortiba. E venceu pelo placar de 2 x 0.» Duas semanas antes, vestindo a camisa do Internacional, o Atlético vence o Universal por 4 x 2, em partida amistosa, a primeira de sua história.» 1929 e 1930, o Atlético ficou 18 jogos sem perder, conquistando o único titulo de "Bi-Campeão invicto" do Estado do Paraná.» Em 1929, o rubro-negro venceu nove jogos com dois empates.» Em 1930, o bi veio com seis vitórias e um empate.» O Atlético foi o primeiro clube do estado a realizar jogos no exterior, em 1949 o clube foi ao Paraguai, onde disputou três partidas: Atletico 1 x 5 Olimpia, 3 x 6 Cerro Porteño e vence por 4 x 1 o Nacional.» Ainda em 1949, O Atlético montou um dos times mais espetaculares de sua história. Formado pelos velhos craques, como Caju Jackson e Cireno, reforçado por jogadores importados de outros estados e do ex-alviverde Neno, o Rubro-Negro passa como um "furacão" sobre todos os adversários, aplicando goleadas em quase todos os jogos e conquistando o campeonato três rodadas antes do fim.» O time, que ficaria conhecido como "Furacão", disputou doze jogos no campeonato, venceu onze e só foi derrotado na última rodada, pelo Ferroviário, quando já havia conquistado o título por antecipação. Seu ataque marcou 49 gols, em 12 jogos, numa média de 4,08 gols por partida, mantendo inclusive, a media contra seu arqui-rival, vencendo por 5 x 1 e 3 x 2.» Sua torcida é considerada uma das mais fanáticas da Região Sul. » O Atlético se tornou um dos clubes mais populares do Brasil com a conquista do Brasileirão de 2001. Firmando-se como uma das grandes forças do futebol do Brasil, repetindo ano a ano grandes campanhas. Foi vice em 2004, perdendo o titulo, nas últimas rodadas e ainda o vice campeonato da Libertadores de 2005, que coroou assim, o Atletico dos Paranaenses.OS IDOLOS» Cireno BrandalizeCireno formou ataque com Jackson no Furacão de 49. O craque da ponta-esquerda foi um dos jogadores mais irreverentes da história do clube. Logo no seu jogo de estréia, marcou três gols e fez a festa da torcida. Ficou no Atlético por dez anos, até 1952, quando se aposentou. Cireno foi o protagonista do famoso Atle-tiba dos oito minutos. O Coxa saiu na frente logo no começo. Aos oito minutos, tabela de Cireno e Jackson e esse empata a partida. Cireno vai buscar a bola no fundo das redes e arranca o gorro do goleiro careca Belo. Estava armada a confusão. A torcida coxa xingava Cireno. A torcida atleticana ia ao delírio com seu grande ídolo. Em outra ocasião, um torcedor adversário o xingou. Cireno saiu do campo e foi atrás do indivíduo. Depois de acertar as contas, voltou rapidinho para o gramado.

CLUBE ATLÉTICO SÃO PAULO


O Tricolor do Morumbi, como conhecemos hoje, nasceu em 1935, mas a paixão de um grupo de paulistanos pelo esporte vem de antes. Mais precisamente do último ano do século XIX, em 1900, quando foi fundado o Clube Atlético Paulistano.
O Paulistano era o "bicho-papão" do início do século. Jogar contra o time de Friedenreich era um orgulho, e o time ia freqüentemente ao interior atendendo a convites. Também foi a primeira equipe a fazer uma excursão à Europa, em 1925. Contudo, o clube não aceitava que seus jogadores se profissionalizassem, e resolveu acabar com o departamento de futebol para não abandonar a Liga amadora à qual pertencia.
E o que fazer com a paixão dos sócios aficionados por futebol? O mesmo problema tinha acabado com o futebol da Associação Atlética das Palmeiras (clube alvinegro que só tem o mesmo nome dos rivais do tricolor). E em 1930, nasceu o São Paulo da Floresta, com jogadores e as cores vermelha e branca vindos do Paulistano (cracaços como Araken, Friedenreich e Waldemar de Brito), e com o branco e o negro cedido pelo A.A. Palmeiras. Da união, também veio o nome: São Paulo da Floresta. O primeiro presidente do São Paulo da Floresta foi eleito pelos sócios: o dr. Edgard de Souza.
No mesmo ano, um vice-campeonato já dava sinais da glória destinada ao clube. E na temporada seguinte, chegaria o primeiro troféu, com Nestor (Joãozinho); Clodô e Barthô; Milton, Bino e Sasse; Luizinho, Siriri (Armandinho), Fried, Araken e Junqueirinha, e Rubens Salles de técnico. E em 1933, o São Paulo da Floresta bateria o Santos por 5 x 1 na primeira partida de futebol profissional do Brasil.
Só que devido a uma pendência financeira pela compra de uma sede na rua Conselheiro Crispiniano - um palacete chamado de Trocadero - o São Paulo da Floresta se complicou com dívidas e viu-se obrigado a procurar uma fusão com o Tietê, que determinou que não se usassem cores, uniformes e vários outros símbolos do São Paulo da Floresta. E no dia da extinção oficial do clube - 14 de maio de 1935 - o amor de alguns sócios pela entidade manteve-a viva criando o nosso São Paulo de hoje. Em 4 de junho daquele ano, nascia o Clube Atlético São Paulo, que em 16 de dezembro, passaria a ser o São Paulo Futebol Clube.
Manoel do Carmo Meca foi o primeiro presidente e os outros fundadores do Mais Querido foram: Cid Mattos Viana, Francisco Pereira Carneiro, Eólo Campos, Manoel Arruda Nascimento, Izidoro Narvais Caro, Francisco Ribeiro Carril, Porphírio da Paz, Eduardo Oliveira Pirajá, Frederico A G. Menzen, Francisco Bastos, Sebastião Gouvêa, Dorival Gomes dos Santos, Deocleciano Dantas de Freitas e Carlos A. Azevedo Salles Jr. Todas as dificuldades não conseguiam acabar com o São Paulo, mas o renascimento de 1935 foi mais difícil. Os grandes craques tinham saído e o primeiro time foi formado com atletas vindos de outras cidades, como King e Segoa. Logo na partida que marcaria a primeira entrada em campo do clube, mais dificuldades. Uma festa oficial (era aniversário da capital) proibia manifestações públicas, mas Porphyrio da Paz - responsável pelo hino do São Paulo - foi à luta e conseguiu uma autorização do secretário Cantídio Campos, para que o time pudesse enfrentar a Portuguesa Santista.
E como o hino de Porphyrio já dizia, "Tu és forte, tu és grande". Para atender a vocação vencedora do time, uma nova fusão trouxe para o Tricolor os jogadores de uma outra dissidência do Paulistano - o Estudante Paulista. E com um time à altura, só não venceu seu primeiro título paulista, em 1938, porque o juiz deu um gol de mão do atacante Carlito, e o Corinthians chegou ao empate e ao título. Mesmo assim, o clube só crescia, não apenas melhorando o futebol, mas também estimulando a prática esportiva em esportes variados. Eram os alicerces de um futuro vencedor.
A década de 1940 foi particularmente brilhante para o Tricolor. A pouca idade da associação não era suficiente para saciar a fome de glórias. E em 1942, chega do Rio de Janeiro um craque consagrado - Leônidas da Silva, o "Diamante Negro", e um dos maiores jogadores brasileiros de todos os tempos. Já bastava, mas não parou por aí. O Tricolor passou a ser um show de estrelas, com as chegadas de gigantes como Sastre, Bauer, Noronha, Rui, Teixeirinha, Luizinho e Zezé Procópio.
Os adversários tentaram, mas naquela década, já não tinha para mais ninguém. Foram cinco títulos em dez anos, com direito a dois bicampeonatos: 1943 (numa deliciosa conquista que interrompeu a dobradinha Palestra Itália-Corinthians), 1945, 1946, 1948 e 1949. Em 1945, a taça chegou com uma única derrota e no ano seguinte, o Tricolor comemorou o campeonato invicto!

SOCIEDADE ESPORTIVA PALMEIRAS


A História da Sociedade Esportiva Palmeiras começa em 1914 fundado por imigrantes italianos na Cidade de São Paulo com o nome de Società Sportiva Palestra Italia. O Clube Passou a ser conhecido como Sociedade Esportiva Palmeiras em 1942, por ocasião da Segunda Guerra Mundial. A Sociedade Esportiva Palmeiras é um clube poliesportivo brasileiro sediado em São Paulo que tem como principal modalidade esportiva o futebol. As cores do clube, presentes no escudo e bandeira oficial, são o verde e branco; o vermelho, presente desde sua fundação, foi excluído durante a II Guerra Mundial, por pressão das autoridades brasileiras, na mesma reunião que formalizou a mudança de nome de Palestra Itália para Palmeiras.
Ao longo de sua história, o clube também obteve grande destaque em outras modalidades como basquete, futebol de salão, voleibol e hóquei sobre patins, mas é no futebol que o clube destaca-se como um dos mais vitoriosos em competições nacionais.
A maior virtude palmeirense foi ter conquistado em pelo menos uma ocasião todas as competições que disputou em sua história no âmbito nacional e continental, por isso recebeu o título de Campeão do Século [1] do futebol brasileiro; primeiramente pela Federação Paulista de Futebol [2] no ano de 1999, seguindo o simples e determinante critério que apontava todos os campeonatos importantes realizados no Brasil; logo em seguida foi a vez do jornal O Estado de São Paulo em seu site, que apresentava um ranking exclusivo com vários registros históricos, e o resultado final acabou determinando o Palmeiras como o "Campeão do Século"[3]; igualmente com os rankings da revista Placar em 1999, o jornal a Folha de São Paulo em 2000 e da IFFHS (Federação de História e Estatística de Futebol Internacional), entidade reconhecida pela FIFA
Em 1965, era inaugurado o Estádio Magalhães Pinto, o “Mineirão”, e para coroar os festejos da inauguração, organizou-se um amistoso entre a Seleção Brasileira e a do Uruguai. Pela primeira vez na história do futebol brasileiro, uma equipe de futebol, a Sociedade Esportiva Palmeiras, foi convidada para compor toda a delegação, do técnico ao massagista, do goleiro ao ponta-esquerda, incluindo os reservas. A partida foi no dia 7 de setembro (data da independência brasileira), e o Brasil/Palmeiras derrotou o Uruguai por 3 a 0. Daí veio o apelido “Academia de Futebol”.
Seus títulos mais importantes conquistados no futebol foram a Taça Libertadores de 1999 e a Copa Rio de 1951, considerado por alguns como o primeiro Mundial de Clubes de futebol da história, embora não seja assim reconhecido pela FIFA, que em 15 de dezembro de 2007 divulgou comunicado oficial sobre o tema.

CRUZEIRO ESPORTE CLUBE


Em 1921, a colônia italiana de Belo Horizonte fundou o "Società Sportiva Palestra Itália", com as cores da bandeira daquele país. O primeiro uniforme tinha a camisa verde, calção branco e meias vermelhas. O clube tinha os mesmos moldes do Palestra Itália, de São Paulo, que mais tarde se transformou no atual Palmeiras.
No início, a associação tinha como exigência que os participantes fossem todos descendentes de italianos, ainda que alguns fundadores não concordassem com ela. O clube era formado essencialmente por pessoas oriundas da classe trabalhadora, geralmente filhos de imigrantes italianos que nasceram na jovem capital mineira. Em abril do mesmo ano, o time realizou sua primeira partida, contra um combinado de dois times de Nova Lima. O resultado foi 2 a 0 para o Palestra.
Em 1925, para tornar o Palestra mais ligado à cidade e facilitar o crescimento do clube, a associação resolveu abrir espaço para atletas de outras nacionalidades. Na mesma época, o nome foi trocado para "Sociedade Sportiva Palestra Itália".
Como o clube estava aberto a outras nacionalidades e não era mais exclusivo da colônia italiana, em 1936 um movimento interno forçou a troca do nome Palestra Itália. A idéia teve muitos aliados, mas não obteve maioria. Porém, com a 2ª Guerra Mundial, em 1942, o clube se viu obrigado a mudar. Muitos aliados, mas não obteve maioria. Porém, com a 2ª Guerra Mundial, em 1942, o clube se viu obrigado a mudar .
No mesmo ano, a diretoria aprovou um novo estatuto que colocava o clube como uma associação nacional. De Palestra Mineiro, o clube passou a se chamar Ypiranga. Porém o novo nome não chegou a durar mais que uma semana. Foi aí que o nome Cruzeiro Esporte Clube surgiu. No dia 7 de outubro de 1942, a diretoria do clube foi trocada e os dirigentes resolveram homenagear um dos maiores símbolos do País, que era a constelação do Cruzeiro do Sul. O nome definitivo foi sugerido por um ex-presidente do clube, Oswaldo Pinto Coelho. A sugestão foi aprovada e o Cruzeiro Esporte Clube se tornou num dos maiores clubes do País e da América do Sul.
O primeiro jogo do clube com o nome de Cruzeiro Esporte Clube foi realizado em 11 de outubro de 1942, contra o América. O time venceu por 1 a 0, gol de Ismael, aos 38 minutos do primeiro tempo. O primeiro jogo do clube com o nome de Cruzeiro Esporte Clube foi realizado em 11 de outubro de 1942, contra o América. O time venceu por 1 a 0, gol de Ismael, aos 38 minutos do primeiro tempo.

ESPORTE CLUBE VITÓRIA


Final do século XIX, e dois jovens da aristocracia baiana estão de volta de seus estudos na Europa, mais especificamente, na Inglaterra. Influenciados pelo esporte britânico, os irmãos Artur e Artêmio Valente desembarcam em Salvador e trazem na bagagem a paixão pelo futebol. Surge daí a idéia de fundar um clube, uma das cinco primeiras agremiações brasileiras fundadas especificamente para a prática do esporte bretão.
Em 13 de maio de 1899, a dupla se reúne com outros 17 jovens em um casarão no Corredor da Vitória, em meio a uma festa de queijos e vinhos, para discutir os estatutos do clube. Surge assim o Club Cricket Victoria.
O nome fazia referência ao esporte inicial praticado pelo clube: o cricket, uma espécie de futebol onde podem ser utilizadas também as mãos. Apenas um ano após sua fundação, ainda sob o nome original, a agremiação passou a praticar o futebol. Ao contrário do futuro maior rival, de origem mais humilde, o Victória tinha um grupo formado por representantes da elite baiana da época. Artêmio Valente foi eleito o primeiro presidente.
A primeira partida da história do clube foi contra um combinado de marinheiros de navios ingleses atracados no porto de Salvador, no dia 22 de maio de 1901. E logo na estréia, uma vitória por 3x2 que começaria a justificar o nome escolhido pelos rapazes do Corredor da Vitória. Os uniformes ainda traziam as cores branca e preta devido às dificuldades em conseguir o padrão verde-e-amarelo, real desejo dos representantes do time. Somente seis meses depois, o time tornou-se rubro-negro. Ainda em 1901, com a inclusão dos esportes náuticos, o clube passou a chamar-se Esporte Clube Vitória.
Profissionalismo
A estréia profissional do Vitória aconteceu em 13 de setembro de 1903, quando o rubro-negro bateu o São Paulo-Bahia, time formado por integrantes da Colônia Paulista, por 2x0. A primeira partida do time na Liga de Futebol da Bahia – que ajudou a fundar – aconteceu no dia 1º de julho de 1904. E foi justamente uma derrota para o Club Internacional de Cricket, por 2x1. O primeiro título demorou ainda mais quatro anos e veio acompanhado. O time ganhou os campeonatos baianos de 1908 e 1909, sagrando-se bicampeão.
Mas o amadorismo empurrou o time para um longo jejum de títulos. Foram 44 anos até que o Vitória voltasse a conquistar um campeonato baiano, em 1953, ano em que adotou o profissionalismo. A década de 50 ainda traria as conquistas regionais de 1955 e 1957.
O time ainda era inconstante, e a prova disso é que só voltou a vencer um Campeonato Baiano em 1964, seis anos depois. Em 1965 veio o segundo bicampeonato da história. A equipe ficou de fora do primeiro Campeonato Brasileiro, disputado em 1971, mas entrou na disputa no ano seguinte, quando voltou a ser campeão baiano. O rival Bahia ganharia todos os outros títulos da década de 70 no estado.
Virada