segunda-feira, 13 de julho de 2009

Seleção Brasileira de 2009

Com a profissionalização já vigorada, a popularização do esporte em andamento, o principal objetivo da CBD passou a ser ganhar uma Copa do Mundo e conseguir organizar um campeonato nacional de clubes. Com a Europa destruída pelas guerras, o Brasil se ofereceu para organizar o torneio com quatro anos de antecedência, em 1946, e a FIFA rapidamente aceitou a proposta, pois estava com medo do torneio ter sua continuação colocada em cheque.
O futebol virara paixão nacional e uma forma de unir a população, já que todas as camadas sociais assistiam aos jogos decisivos dos campeonatos estaduais que, aquela altura, já eram 17. A Copa de 1950 mobilizou o país, que viu perplexo a construção do estádio do Maracanã, o maior do mundo, em apenas três anos.
Porém, o sonho do primeiro título mundial ruiu na derrota na final para o Uruguai, por 2x1, para mais de 200.000 pessoas no Maracanã. O povo brasileiro teria de esperar mais para finalmente conquistar o título mundial.
Entre 1950 e 1954, o principal campeonato disputado no país foi o campeonato nacional de seleções estaduais, que ocorria a cada dois anos, organizado pela Confederação Brasileira de Desportos. O Rio de Janeiro, que tinha obtido quatro títulos nos anos 1940, perdeu a hegemonia para São Paulo, que foi campeão em 1950 e 1952, para ser a baseda seleção para Copa de 1954, em que o objetivo era esquecer o que aconteceu em 1950.
Até o uniforme foi mudado para a disputa de 1954. A famosa camisa amarela fez a sua estréia em Copas, substituindo a branca, considerada um dos fatores de "azar" na derrota para o Uruguai, em 1950. E o Brasil esqueceu tudo da Copa 1950, inclusive o futebol, partindo para a briga após a derrota para os húngaros por 4 a 2 nas quartas-de-final.
A esta altura, todos os estados do Brasil da época - Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal(na época Rio de Janeiro) Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo- tinham seus campeonatos estaduais e, com exceção a Amazonas e Sergipe, todos tinham Federações vinculadas a CBD. Tudo estava desenhado para a formação do primeiro campeonato nacional de clubes, mas faltava um “empurrãozinho”, algo que mudasse de vez o futebol nacional.
E o “empurrãozinho” veio na Copa de 1958, quando o Brasil se sagrou pela primeira vez campeão mundial,o que foi considerado por muitos na época o início de uma época de prosperidade não só no esporte como no Brasil inteiro, na chamada “Época Bossa Nova”. No ano seguinte, a CBD criou a taça Brasil, campeonato que reuniu em sua primeira edição 16 times e teve o Bahia como campeão, vencendo na final o Santos de Pelé.
O torneio foi realizado anualmente até 1968, com o Santos sendo o maior campeão, com cinco conquistas, seguido do Palmeiras, com duas, e Bahia, Botafogo e Cruzeiro com uma. Em 1969 e 1970, o torneio Roberto Gomes Pedrosa foi a principal competição nacional, com o Palmeiras e Fluminense terminando com o título.
João Havelange, presidente da CBD, e Paulo Machado de Carvalho, chefe da delegação brasileira nas Copas de 1958 e 62, se desentenderam em função de uma divergência nos patrocínios que cada um queria levar para o evento. Com isso, Havelange saiu fortalecido, já que sua entidade que organizara a delegação para 1966, e o próprio presidente foi o chefe da delegação, forçando o técnico Vicente Feola, o mesmo de 58, a convocar astros de outras Copas que já não estavam tão bem, como Bellini, Zito, Garrincha e Milton Santos. Puro marketing de Havelange, que queriam ver o maior número de recordistas de títulos possíveis. O resultado foram derrotas e eliminação precoce.